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terça-feira, 30 de maio de 2006

Lula planeja conceder Bolsa-Familia a acampados sem terra

A reforma agrária pode ser a próxima beneficiada do Bolsa-Família. Um estudo no governo federal propõe a inclusão de trabalhadores rurais sem terra no programa de transferência de renda. O objetivo seria trocar as cestas básicas pelo cartão do programa. Em 2005, por exemplo, o governo distribuiu 1,3 milhão de cestas a 226,2 mil famílias acampadas. Cada cesta tem um custo de R$ 45. "Seria melhor para os acampados e para o governo", afirmou ontem à Folha o ministro Guilherme Cassel (Desenvolvimento Agrário). O Bolsa-Família atende hoje a cerca de 9 milhões de famílias e sua meta é chegar a 11,1 milhões ainda neste ano, quando estão previstos gastos de cerca de R$ 8,7 bilhões. O programa -que será uma das principais bandeiras do PT na campanha eleitoral- foi um dos principais fatores da recuperação do presidente Lula nas pesquisas de intenção de voto neste ano. Os ministérios do Desenvolvimento Agrário e do Desenvolvimento Social, o Incra e a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) têm trabalhado no estudo, que ainda não saiu do papel pelas dificuldades técnicas para implantá-lo. O governo sabe que muitos sem-terra acampados não têm documentação nem endereço fixo. Hoje são beneficiadas pelo programa famílias que estejam no cadastro único e tenham renda por pessoa de até R$ 120. O cadastro é feito pelas prefeituras e traz informações que vão desde a renda da família até o número de filhos, escolaridade e condições de moradia. As famílias atendidas recebem entre R$ 15 e R$ 95 mensais, dependendo do número de filhos e da faixa de renda mensal -pobres (renda por pessoa entre R$ 60 e R$ 120) ou extremamente pobres (renda por pessoa de até R$ 60). O dinheiro é sacado por meio de um cartão magnético, em geral emitido no nome da mulher responsável pela família

Helena

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