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quarta-feira, 17 de maio de 2006

Estado fez acordo, PCC é o dono da segurança de SP


PCC obtém liberação de 60 TVs para assistir à Copa


O secretário da Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa, admitiu ontem que permitiu a entrada de televisores para serem instalados em áreas comuns das penitenciárias do Estado. Essa era uma das reivindicações apresentadas pelo Primeiro Comando da Capital para que a paz voltasse aos sistema prisional. A autorização foram compradas 60 aparelhos.

"Não vi nada de mal, desde que não comprometa a segurança." O secretário afirmou não saber quem comprou as TVs que seriam postas nas entradas das galerias de celas.

Marcola é intocável nos presídios. Ao contrário dos demais, ele goza de mordomias que irritam agentes penitenciários e diretores de presídios. Além de receber mais visitas íntimas que os demais, há sempre um detento disposto a assumir uma contravenção para livrar Marcola de complicações.

No início deste ano, a cela onde Marcola cumpria pena, em Presidente Bernardes, teve as grades serradas, mas ele foi inocentado pela Justiça porque seus companheiros "assumiram a bronca" e não houve como provar que ele comandava a fuga.


"O pior é a indisciplina", dizem diretores "Ele não respeita ninguém, é um folgado. Nas revistas, os detentos são obrigados a agachar de costas para a Tropa de Choque verificar se algum esconde alguma coisa entre as nádegas. Todo preso passa por isso, menos Marcola."

PCC ganha banho de sol e advogados e pára ataques



Em entrevista divulgada ontem, Orlando Mota Júnior, o Macarrão, um dos integrantes da cúpula do Primeiro Comando da Capital (PCC), mostra que houve acordo para acabar com as rebeliões. Ele falou à Rádio Record e a entrevista foi exibida à noite no Jornal da Record. Indagado sobre se houve negociação com o governo para o encerramento dos ataques iniciados na sexta-feira, Macarrão foi direto na resposta. “Teve, teve, sim. O banho de sol foi liberado (na penitenciária) de Iaras e (a visita) de advogados também.” O criminoso afirmou que o PCC não pretende mais realizar nenhum ataque no Estado “até segunda ordem”. Apesar de negar o acordo, em pelo menos uma penitenciária do Estado os detentos tiveram um dia normal nesta terça-feira. Foi em Casa Branca, onde os presos passaram a terça-feira soltos no pátio. Por conta disso, detentos de Itirapina, cidade próxima, estão pressionando para ter o mesmo benefício.´

As notícias do acordo, divulgadas pela imprensa, fizeram o Ministério Público Estadual iniciar uma investigação. “A Promotoria de Execução Criminal de Presidente Prudente abrirá um procedimento para apurar o que, efetivamente, ocorreu em uma reunião no domingo com Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola”, disse ontem ao Estado o procurador-geral de Justiça, Rodrigo Pinho.


Na ocasião, estavam presentes a advogada do preso, Iracema Vasciaveo, o corregedor da Administração Penitenciária, Antonio Ruiz Lopes, o delegado José Luiz Ramos Cavalcante e o coronel Ailton Araújo Brandão, chefe do Comando de Policiamento do Interior da região de Presidente Prudente. “Eles serão chamados para explicar o teor da conversa”, disse o procurador-geral. “Não se pode admitir a paralisação dos ataques em troca de nenhum benefício sem previsão legal. Até agora não há indícios de que isso aconteceu, mas vamos apurar.” Segundo Pinho, a priori não existe irregularidade no fato de a advogada ter viajado em um avião da Polícia Militar, mas é algo “pouco usual”.


Helena

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