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quarta-feira, 17 de maio de 2006

Declarações de procurador em favor de Lula irrita oposição


Embora tenham evitado fazer críticas ao procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, parlamentares de oposição não gostaram das declarações do chefe do Ministério Público de que não há elementos para incluir o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no inquérito que investiga o mensalão. Souza disse que o presidente da República não está envolvido no escândalo e que quem o acusa faz uma “leitura política” das investigações.

“Quem não acredita na existência do mensalão é que acha que o presidente não está envolvido. Pagar mensalão significa impedir o livre exercício do Congresso. É crime de responsabilidade”, disse a senadora Heloísa Helena (PSOL-AL), que integrou a CPI dos Correios. Ela disse, no entanto, que o Congresso foi quem falhou ao não apresentar elementos suficientes para embasar a denúncia do procurador contra Lula. “Meu problema não é com o procurador, é com o comportamento do Congresso Nacional, que é desprezível”, disse a senadora.

O senador Demóstenes Torres (PFL-GO) elogiou a “cautela que o procurador teve até agora”, mas disse que “talvez tenha sido deixada de lado” ao eximir o presidente Lula. “O procurador é justo, correto, acho que ele deve continuar investigando. Elementos contra o presidente existem de sobra”, disse Demóstenes. O líder da oposição no Senado, Álvaro Dias (PSDB-PR) preferiu considerar que a afirmação “não é definitiva”. O tucano disse ter certeza de que Lula está sendo investigado. “Se o procurador encontrar elementos suficientes, vai denunciar.”

Helena

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