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terça-feira, 9 de maio de 2006

Abram a caixa-preta da mídia


A CPMI dos Correios, criada após reportagem da revista Veja que mostra um funcionário do quinto escalão recebendo R$ 3 mil de propina. As imagens foram exaustivamente repetidas pelo Jornal Nacional, enquanto os parlamentares recolhiam as assinaturas. Um olho no papel, outro na televisão.

Outro fato, este mais recente, deixa claro o entrosamento Veja-Globo: a armação contra Suzane von Richthofen, ré confessa, criou o fato jurídico que devolveu a assassina à prisão e denegriu ainda mais sua imagem junto à opinião pública. O outro nome disso é chutar cachorro morto, e mais uma vez as duas empresas julgaram como se juízas fossem. Curioso, mas o mesmo não fizeram no caso Staheli, na Barra da Tijuca, quando o casal apareceu morto. A embaixada dos EUA tratou de retirar os filhos do país rapidamente e não se viu a mesma disposição dessa mídia em apurar, aceitando o caseiro como coelho. Por que seria?

Em seu surto autista, a Veja dessa semana induz o público a acreditar que a Petrobrás foi expropriada da Bolívia. Do mesmo modo procedeu a Globo, cujos comentaristas estiveram a um passo de exigir a invasão de La Paz. Figuras como Miriam Leitão e Arnaldo Jabor, historicamente defensores intransigentes da entrega do patrimônio público brasileiro, de repente aparecem criticando a diplomacia brasileira por não ser mais firme na defesa do interesse nacional. Hipócritas, não dizem que Fernando Henrique vendeu 59,7% das ações da Petrobrás, sendo 40% para o imperialismo via Bolsa de Valores de Nova York. Não dizem que a dependência do gás boliviano foi criada pelo governo do PSDB. Não dizem que o petróleo brasileiro está sendo leiloado desde o governo anterior até o atual. Não dizem que o preço pago pelas multinacionais pelo gás boliviano é aviltante (US$ 3 por BTU contra US$ 8 no mercado internacional). Leia a matéria completa aqui

Helena

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