O jornal francês Le Monde defende em editorial o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em oposição ao do venezuelano Hugo Chávez, como exemplo a ser seguido por outros líderes de esquerda no poder na América Latina. "Entre Hugo Chávez e Lula da Silva, duas esquerdas se opõem. Uma propõe um discurso radical com acentos populistas e avanço de soluções nacionalistas. A outra, centrista, propõe uma política orçamentária ortodoxa a fim de atrair capitais e busca inserir a economia na globalização."
Para o diário francês, é forte e legítima a "tentação" de gastar os recursos obtidos com a recente melhora da situação econômica da região "distribuindo rapidamente subvenções aos mais necessitados". "É necessário esperar, no entanto, que para além dessas necessidades imediatas, os governos de esquerda saberão se preservar do eleitoralismo para conduzir políticas de longo prazo."
O jornal vê uma guinada à esquerda na região, movimento que atribui às "profundas desigualdades que caracterizam a América Latina" - divididas, na descrição do Le Monde, entre burguesias "norte-americanizadas" e classes pobres, principalmente rurais, que acumulam miséria, desemprego e analfabetismo. O Le Monde calcula que, das 17 eleições que terão ocorrido na região entre dezembro de 2005 e dezembro de 2006, 80% delas terão sido ganhas por forças de esquerda.
"A solução brasileira de jogar o jogo da inserção na globalização impõe constrangimentos que limitam o crescimento e as margens de manobra. Mas o investimento na educação e na infra-estrutura e a abertura aos capitais preparam o futuro", conclui o Le Monde.
Helena
Com informações de agências internacionais.
Para o diário francês, é forte e legítima a "tentação" de gastar os recursos obtidos com a recente melhora da situação econômica da região "distribuindo rapidamente subvenções aos mais necessitados". "É necessário esperar, no entanto, que para além dessas necessidades imediatas, os governos de esquerda saberão se preservar do eleitoralismo para conduzir políticas de longo prazo."
O jornal vê uma guinada à esquerda na região, movimento que atribui às "profundas desigualdades que caracterizam a América Latina" - divididas, na descrição do Le Monde, entre burguesias "norte-americanizadas" e classes pobres, principalmente rurais, que acumulam miséria, desemprego e analfabetismo. O Le Monde calcula que, das 17 eleições que terão ocorrido na região entre dezembro de 2005 e dezembro de 2006, 80% delas terão sido ganhas por forças de esquerda.
"A solução brasileira de jogar o jogo da inserção na globalização impõe constrangimentos que limitam o crescimento e as margens de manobra. Mas o investimento na educação e na infra-estrutura e a abertura aos capitais preparam o futuro", conclui o Le Monde.
Helena
Com informações de agências internacionais.
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