Gerald Thomas é um canalha? Não, seria prematuro fazer uma afirmação assim tão categórica. Ele é, de fato, um diretor teatral mau educado, que endereçou um gesto obsceno ao presidente Lula durante um ato protagonizado por artistas a favor da injeção de dinheiro público para salvar a Varig. Como o governo não acenou nenhum tipo socorro à empresa, como ele quer, Gerald Thomas apelou para a ofensa vulgar. Armas típicas dos que não têm argumentos razoáveis para defender suas propostas.
Gerald Thomas é um patife? Não, ainda não dispomos de informações suficientes para uma resposta afirmativa. Mas pode-se dizer que ele não é um ingrato. Depois de cevar-se fartamente com os recursos da Varig, na forma de patrocínio para suas produções teatrais, ele agradece reivindicando o suado dinheiro do povo para salvar a companhia da bancarrota a que foi levada pelos maganos da Fundação Rubem Berta.
Gerald Thomas é também um espertalhão – desde já se habilita a receber novos patrocínios culturais, caso a Varig não sucumba à inadimplência. Aliás, há quem diga que a generosa política de patrocínios culturais ajudou a levá-la para o buraco. Só no ano passado, já em plena crise, torrou 3 milhões de dólares em projetos de cultura e arte. Diante disso, compreende-se a combatividade da classe artística ao pedir dinheiro público para salvar a empresa: não querem perder a boquinha.
Gerald Thomas é um safado? É possível, é possível. O certo é que, além de espertalhão e autor de espetáculos teatrais esotéricos (mas rendo$o$), é também um exibicionista. Tempos atrás mostrou a bunda mole no palco, para responder às críticas negativas a uma peça por ele dirigida. Mais uma vez a vulgaridade no lugar de argumentos consistentes.
Por fim um recado: Gerald Thomas não venha a Porto Alegre, pois corre o risco de, numa esquina qualquer, topar com um petista indignado e levar uns tabefes na cara para aprender a respeitar o presidente Lula. Diversos petistas, entre os quais me incluo, ficaram revoltados com o seu gesto desrespeitoso. O recado está dado. Fique longe do pampa gaúcho.
(Ah sim, antes que alguém reclame do surto de violência: estou apenas seguindo o comportamento ordinário do próprio Thomas e que os ínclitos parlamentares Arthur Virgílio, Heloísa Helena e ACM Neto já adotaram na tribuna do Congresso. Como diz O Coisa, integrante do Quarteto Fantástico: tá na hora do pau!)
Jens
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