
Minha esperança observa cada passo, medido e desmedido do inimigo feroz e voraz, louco e sedento.
Minha esperança aporta um cais após maremotos e tentativas de naufrágios dos sonhos, dos nossos sonhos.
Minha esperança atravessa um deserto de idéias e tempestades de areia jogadas sobre os olhos do povo em busca de um oásis.
Minha esperança se abraça com os cadáveres dos companheiros mortos, mas advinha o amanhã, o hoje, o sempre.
Minha esperança, vinda do ontem preso, calado, contido, restrito, vislumbra o lume ao final da estrada..
Minha esperança é apedrejada por tantos e tantos, mas a couraça se fortalece e segue adiante.
Minha esperança, vai na boca desdentada e na roupa rota, dos aflitos, e sobrevive, cada vez maior.
Minha esperança reflete nos olhos da criança faminta e semimorta o brilho da comida e da escola.
Minha esperança, menina levada, rala o joelho, chora, mas volta a subir na árvore.
Minha esperança voa, corta os céus, e esverdeia o rumo dos meus pés cansados.
Minha esperança é uma estrela, brilha, vermelha, bela.
Estrela guia, forte filha de tantas dores, de tantas flores vencendo canhão.
Minha esperança é um cálice de vinho, vermelho vinho, embriagando de alegria o velho peito estermecido.
Minha esperança moleca, sapeca, safada, se traduz sob os lençõis no vermelho sangue do sexo adorável e doce.
Minha esperança traz o gosto da primavera e de doce de moleque, feito do amendoim mais vermelho.
Minha esperança tem o sabor da vermelha cereja, de fruta gostosa, de canto de paz e amizade.
Minha esperança, vermelha na cor, vermelha de sangue, vermelha estrela.
Esteio de vida, tempo de estio, maravilha, Vermelha, da cor do PT.
Gilberto Freitas
0 Comentários:
Postar um comentário
Meus queridos e minhas queridas leitoras
Não publicamos comentários anônimos
Obrigada pela colaboração