É muito diferente da mãe, Liliana Mercury, pré-reitora da Universidade Católica de Salvador (UCSAL), que foi da Juventude Universitária Católica (JUC) nos tempos de estudante e ainda participa do Movimento Familiar Cristão, com muita dignidade. Infelizmente, nem sempre os filhos saem como os pais querem, não é? O dinheiro e a fama atrapalhou a coerência e lucidez de Daniela. Ex-embaixadora do UNICEF, ela não consegue enxergar que o Governo Lula, ao contrário do ciclo de FHC, avança nas metas da ONU contra a pobreza. É tão caolha que provavelmente não percebe que, ao pedir para que não votemos em Lula, automaticamente, embora não explicite, ela apóia a alternativa, que é Alckmin, PSDB, tucanos, exatamente os que adotaram o neoliberalismo, aprofundaram as desigualdades sociais e pioraram os índices que o UNICEF tanto condena. Mas ela tem direito de se manifestar. É muito amiga de ACM, de Paulo Souto, e das verbas publicitárias da Bahia. Na terra de ACM os artistas têm muita diculdade de se manifestarem contra o poder local, o mecenato estatal compra consciências. São poucas as exceções. Acho que Daniela Mercury está lendo muito a revista Veja e a Folha de São Paulo, ou quem sabe o fato de ter sido "Contratada" pela direita, converteu-se pateticamente no novo arauto conservador do apocalipse. É a garota propaganda do famigerado Instituo Millenium e uma das figuras públicas do bizarro "levante" denominado Quero Mais Brasil. Vergonhoso que uma artista se preste a esse serviço sujo.
Helena
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