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terça-feira, 25 de abril de 2006

Cai número de crianças desnutridas no semi-árido


Dez anos depois de uma última pesquisa feita em 2005 para revelar o nível de desnutrição crônica das crianças que vivem no semi-árido do país o governo detectou que atualmente o índice caiu significativamente para 6,6%. Em 1996, 17,9% estavam desnutridas. A situação era ainda pior no fim da década de 80, quando 27% das crianças de até 5 anos de idade apresentavam sinais de desnutrição.

Famílias beneficiadas pelo Bolsa Família são 35,3%

Feita com 17 mil crianças, a pesquisa revela que 74,8% delas vivem em famílias de classes D e E. A coleta de dados foi realizada durante a segunda etapa da campanha de vacinação contra a poliomielite no ano passado, em 1.133 municípios de nove estados: norte de Minas Gerais, Sergipe, Bahia, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Ceará, Piauí e Alagoas. O projeto foi realizado pelos ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e Saúde, em parceria com prefeituras, governos estaduais, universidades públicas e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

Intitulada “Chamada nutricional”, a pesquisa avaliou ainda que 76,3% das crianças são pardas ou negras e 68,8% delas foram amamentadas por pelo menos seis meses. Das famílias pesquisadas, 35,3% informaram que são beneficiárias do programa Bolsa Família. O material distribuído pelo MDS destaca que os programas de transferência de renda “têm contribuído na melhoria nutricional dessa população”. Carlos Augusto Monteiro, um dos coordenadores da pesquisa, ressalvou que, além dos programas sociais, deve-se levar em consideração outros fatores para explicar o salto nos índices de nutrição do brasileiro:

— É evidente que parte dessa queda no nível de desnutrição se deve a programas de transferência de renda, podemos verificar uma cobertura maior de serviços públicos e a diminuição na taxa de fecundidade — lembra Monteiro.

Assistência pré-natal foi procurada por 97,2%

Embora não haja estudo comparativo, o governo comemora e associa a queda da desnutrição crônica a uma série de outros benefícios garantidos na última década. Segundo a pesquisa, 95,3% das crianças têm luz elétrica onde moram. Já a rede pública de abastecimento atinge 76,7% dessas famílias. Também chamou a atenção dos pesquisadores o número de mulheres que buscaram assistência pré-natal: 97,2% das mães fizeram o exame, sendo que 83,8% delas relataram cinco ou mais consultas na gravidez. Os pesquisadores ainda descobriram que 95,9% das crianças têm registro de nascimento. Tá explicado o porque Alckmin vai fazer campanha falando no bolsa-família não?

Helena
Com informações do Jornal O Globo

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