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segunda-feira, 10 de abril de 2006

Artilharia pesada contra Lula


Oposição promete intensificar ataques a Lula até julho, para enfraquecê-lo no início da campanha

A guerra da oposição contra o presidente Lula deve ficar ainda muito violenta e vai invadir o calendário eleitoral. Tucanos e pefelistas decidiram bater no PT e no presidente Luiz Inácio Lula da Silva até julho, quando começa formalmente a campanha política. Os dois partidos disseram que não vão pedir o impeachment de Lula, mesmo porque a eleição já está próxima, mas essa ameaça está sempre no ar.


“Nossa avaliação, baseada em pesquisas, é de que o excesso de ataques prejudica quem está batendo. Por isso, não há razão para priorizar esse assunto. A população quer ouvir muito mais as propostas do que o bate-boca”, diz o presidente do PT, Ricardo Berzoini .

Já o PFL e o PSDB decidiram a linha de ataque. Vão centrar fogo nos desdobramentos da quebra de sigilo do caseiro Francenildo Costa, no pagamento da dívida de Lula com o PT pelo presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, e na sociedade entre a Telemar e a Gamecorp de Fábio Lula da Silva, filho do presidente.

“Um pedido de impeachment é imprevisível. Vai depender muito mais da mobilização social. Não é objetivo da oposição. Nós vamos derrotar Lula nas urnas. Se for mantido o nível de desgaste atual do governo até julho, o presidente vai estar muito enfraquecido. Depois, o debate será intensificado na eleição. Lula tem um grande flanco aberto”, diz o líder do PFL no Senado, José Agripino Maia (RN), cotado para ser vice na chapa do tucano Geraldo Alckmin.

O presidente nacional do PFL, Jorge Bornhausen (SC), reforça que a artilharia da oposição não dará trégua ao governo até julho, quando começa para valer a campanha de rua. Uma das cartas na manga da oposição para manter a crise em fogo alto é a prorrogação da CPI dos Bingos.

“Não teremos dificuldade para prorrogar a CPI dos Bingos e manter a temperatura alta até julho. Não vamos esperar até o programa nacional do PFL, que é em junho. Até lá colocaremos outras ações em prática.
Outra estratégia é estimular militantes da oposição, que não têm tradição de ir para as ruas, a ocupar o espaço deixado pelos petistas. “Agora é a estratégia de guerra. Estamos saindo da artilharia para a infantaria, com chumbo grosso diante de um adversário acuado. Agora é ir para as ruas. Este será o pior momento para o governo Lula”, diz o líder da minoria, José Carlos Aleluia(PFL-BA).


Helena

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