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sábado, 18 de março de 2006

Reconstruindo Francenildo


Já começou a operação para blindar a credibilidade do caseiro Francenildo.
O jornalista Ricardo Noblat saiu na frente no seu blog, conferindo ares de verdade incontestável às explicações apresentadas por Francenildo e manifestando indignação pela quebra do sigilo bancário, que teria sido feita de forma ilegal. Vindo de quem vem, nada a estranhar, afinal, Noblat vem se destacando por posicionar-se sistematicamente contra o PT e o governo, abandonando qualquer possibilidade ser considerado um jornalista isento e imparcial.

Acreditar piamente no caseiro e tentar desqualificar todas as opiniões em contrário será, certamente, a postura da oposição e da mídia amiga diante das revelações da revista Época. Algumas perguntas inconvenientes, no entanto, insistem em não calar:

Por que diabos os sentimentos paternos do suposto pai de Francenildo foram despertados somente em janeiro? O filho não necessitava de ajuda antes? Por que só agora Francenildo descobriu que seu pai era um homem de posses?

Ah, se fosse o contrário, se Francenildo fosse uma testemunha do PT, a imprensa estaria, como uma matilha de pitbulls ferozes, vociferando contra o que, então, seria uma armação do PT com testemunha paga e depoimento forjado. Como o caseiro atende aos interesses da oposição, só falta os sabujos da mídia o colocarem no altar, pois a auréola de santo já lhe concederam.

Tentar comparar a testemunha de agora com Eriberto França, o motorista que pregou o último prego no caixão de Collor, é uma brincadeira de péssimo gosto. Aquele era um homem de caráter, humilde e nunca recebeu em sua conta bancária depósitos suspeitos. O caseiro não escondeu o seu cinismo e a suspeita determinação em comprometer o ministro Palocci.

Que ninguém se deixe enganar: a maldade desta gente é uma arte.

PS. É hilário ver o senador Antero Paes de Barros posando de vestal indignada pedindo cabeça do ministro Palocci. E o Arcanjo, senador? E as suas ligações perigosas com o Arcanjo, quando serão devidamente esclarecidas?

Jens

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