Dentre toda a lama que a oposição - mais uma vez - tenta jogar sobre o ministro Palocci, um fato me chama a atenção. O senhor Eurípedes, suposto pai do jardineiro, chamar a mãe do seu filho de "rapariga".
Quando criança ouvi muitas vezes esse termo - nunca para elogiar uma mulher, sempre para denegrí-la. E eu me perguntava como seria o nome equivalente para o homem que procura a companhia de uma "rapariga". Como até hoje não descobri, me referirei ao senhor Eurípedes como "pulha".
A senhora em questão se chama Benta Maria dos Santos. E pelo que deduzo sempre foi pobre pois o filho comprou-lhe um terreno pela metade do valor que os Três Patetas (FHC, Aércio e Tasso, mais o Serra) gastaram num jantar à base de vinho importado, antes de escolher quem perderia para o Lula, e que foi documentado por repórteres.
Para sobreviver no miserável Brasil, sugado por quem o jardineiro defende, em algum momento de sua vida a senhora Nazaré teve que se prostituir para comer. Conheceu o pulha do Eurípedes e engravidou. Nasceu-lhe um filho que ela acalentou cantando cantigas de cabaré.
Esse filho cresceu sem o pulha reconhecer-lhe a paternidade. Quando adulto, migrou para Brasília e tornou-se caseiro de um advogado levado a se filiar ao PSDB e que processa um antigo funcionário do ministro Palocci. Indignado com o pai pulha, Francenildo chantageiou-o: ou você compra o meu silêncio ou eu abro a boca e conto que o senhor é o meu pai. O pulha aceitou e pagou. Francenildo viu o quão fácil foi extorquir dinheiro chantageando, e pensou: porque não fazer o mesmo com o ministro da economia? Do Palocci poderei conseguir bem mais do que os 30 mil que amealhei do pulha do meu pai.
O negócio era que não dava para sair denunciando pessoas nas ruas. Ele precisava de apoio. O que encontrou na figura do senador Antero, envolvido em assassinatos, roubo, lavagem de dinheiro, máfia do jogo e outras cositas do gênero.
Pudesse eu falar com o Francenildo, diria-lhe que dentre ele, o pulha do seu pai e o pulha do Antero, a única pessoa com dignidade nessa história toda, além do Ministro, seria sua mãe - a "rapariga".
Se ela tivesse tido a sorte de ter nascido agora, ou do Brasil ter tido presidentes do quilate do Lula a cinquenta anos atrás, sua mãe não teria precisado vender seu corpo para adquirir um prato de comida. Ela teria recebido dinheiro do Estado para matar a fome que mata tantos nesse imenso Brasil dilapidado por quem o Francenildo encobre.
Glória Leite
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