O ministro da Fazenda rompeu seu silêncio
Em São Paulo, num encontro com empresários, Antonio Palocci falou pela primeira vez sobre o caso.
O ministro começou pedindo licença para deixar de lado o discurso que havia preparado. Disse: “seria melhor nessa semana, que foi uma semana tão agitada, ter uma conversa franca com vocês. Deixar menos a razão falar e mais o coração. Embora tenha agências de risco presentes, então a gente tem que ter um certo cuidado. Mas eu prefiro fazer assim. Não vou ler os meus discursos chatos de sempre”.
Ele falou sobre economia. “Como é possível um país ter uma economia que começa a voar em céu de brigadeiro e um ministro da Fazenda que está mais para o lado do inferno, ali no terceiro ou quarto círculo do inferno de Dante, mais ou menos? Isso é possível porque a economia brasileira começa a ganhar uma maturidade. As instituições brasileiras começam a ganhar uma maturidade que eu penso ser definitiva”, prosseguiu.
Palocci explicou seu silêncio recente. Afirmou que “esta semana muitos jornais, colegas da imprensa me criticaram porque eu me afastei da imprensa, não quis falar com os colegas jornalistas. Eu quero que vocês compreendam por que eu não posso, como ministro da Fazenda, debater todo tipo de acusação baixa e ofensas que são apresentadas no jogo politiqueiro”.
Também reclamou de exageros da imprensa. “Alguns colegas precisam prestar atenção ao que publicam. Porque fazem pré-julgamentos, ofendem pessoas, ofendem famílias. Eu acho que essa é uma questão em que precisamos ter muita serenidade, muito equilíbrio porque o Brasil não merece um procedimento como esse””, disse.
O apelo do ministro não comoveu a oposição. ACM Neto (PFL/BA) acha que “o ministro não foi feliz nas suas declarações até porque ele se manteve em silêncio durante todo esse período e na primeira vez que ele trata publicamente do assunto, ele simplesmente não entra no mérito das denúncias que pesam contra ele”.
Mas na avaliação dos governistas, Palocci mais uma vez, mostrou a firmeza que o cargo exige.
O governo se prepara para um novo inferno na terça-feira, quando será lido o relatório final da CPI dos Correios.
Os autores do texto vão deixar para o Ministério Público provar qual a periodicidade dos pagamentos ilegais feitos a parlamentares, mas insistirão em que o governo comprou votos e a troca de deputados de partidos para ganhar votações no Congresso.
Ai vem a minha pergunta, que aliás eu faço há muito tempo. Dizem que parlamentares Petistas receberam mensalão não é? Por quê o governo compraria votos dos próprios parlamentares Petista para votar com o governo? Tem lógica?
Helena
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