O Congresso Nacional vai acompanhar, por meio de uma Força-Tarefa da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, as investigações da Polícia Federal das escutas clandestinas que bisbilhotaram, em Brasília, procuradores da República, um ministro de Estado e familiares de autoridades. A abertura do inquérito foi pedida à PF ontem pelo ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos por se tratar de crime federal. “O grampo ilegal é uma das piores violações de direitos humanos, uma ameaça à democracia e ao estado de direito”, disse a presidente da Comissão, deputada Iriny Lopes (PT-ES). As escutas atingiram os telefones da procuradora Cláudia Pereira, do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), que investiga irregularidades em órgãos públicos locais. Além de devassar a vida da procuradora, o grampo é apontado como causa da queda de um conselheiro do tribunal, a demissão de um dirigente de estatal e atingiu várias autoridades, entre as quais o ministro dos Esportes, Agnelo Queiroz, e a filha do ministro Carlos Velloso, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Helena
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