No momento em que repasso o programa de hoje do presidente Lula em Londres, a carruagem real que o conduz deve estar chegando aos portões monumentais do Palácio de Buckingam. Lula, como se vê abaixo, terá hoje o seu dia de rei. Não é a primeira vez que a Rainha posa ao lado de um proletário que, deixando para trás suas origens, subiu a rampa do poder. Há alguns anos, Lech Walesa, o ex-líder sindical da Polônia que com seu bigode e as bênçãos do Papa derrubou o regime comunista em seu país, também trafegou pelas ruas de Londres na carruagem real, ao lado de Sua Majestade.São os novos tempos da história. Alguém poderá dizer que já não faz proletários como os de antigamente, o que é bem verdade.
Não mudou não, meu caro. Há ainda o sentimento de orgulho dessa "elite" brasileira que quer distância do "proletariado". Essa é a certeza de que vivemos em dois mundos, quando vemos esse tipo de manifestação: de um lado os descendentes da nobreza européia, que aqui se aportaram na condição de "proscritos", e que é um segredo de polichinelo, guardado em meio ao bolor aristocrático e do outro lado, o resto.
Lula transita suavemente por onde quiser, para despeito e desespero dessa "elite tupiniquim falida". Como aceitar LULA? Pobre,Presidente eleito do Brasil, operário, retirante e pior: nordestino!! (adoro os nordestinos, a quem tenho o maior apreço e sou um dos maiores rebatedores do preconceito pregado contra esse povo maravilhoso) É muito. Temos que desqualificá-lo e lembrar dos Estereótipos adequados a essa tese: Waleska é um deles. Thatcher é outro. FHC, se for citado, remete ao fracasso da elite nacional!
Tom Cruz
0 Comentários:
Postar um comentário
Meus queridos e minhas queridas leitoras
Não publicamos comentários anônimos
Obrigada pela colaboração