Quando mais pesquiso para informar a sociedade sobre seus representantes no Legislativo, mais fico chocada. Tenho a impressão que o Parlamento brasileiro concentra, por metro quadrado, o maior grupo de bandidos da nação. Penitenciária e presos comuns é brincadeira diante dessa máfia poderosa que são nosso representantes públicos. Bem que Lula uma vez disse que eram 300 picaretas.
O deputado está em sétimo mandato. Começou em 75 na Arena e permaneceu no partido no qual se metamorfoseou, o PFL, até 2005. Do ano passado até hoje já passou por dois partidos - PMDB e agora PL.
O Inocêncio, que não parece tão inocente assim, manteve 53 pessoas trabalhando em uma de suas fazendas, no Maranhão, em situação degradante. 30 pessoas dormiam amontoadas num galpão de 6 x 4 metros, úmido, sem banheiro, sem água potável e no final da jornada de trabalho saiam de mãos abanando. As dívidas com a refeição - feijão e arroz - e o café da manhã - farinha -, além da dormida no barroco, lhes levava todo o salário devido.
O Ministério Público instaurou em 2003 um processo contra o deputado mas se depender da vontade da ministra do Supremo, Gracie, o deputado não cometeu nenhum crime. Ela alegou em seu relatório que os empregados não se encontravam algemados.
A ministra estudou direito. Eu história. Eu nunca aprendi na universidade que escravo ficasse acorrentado se não quando desobedecia seu senhor. E pelo entusiasmo ingênuo que os empregados-escravos demonstraram durante depoimentos, estes se sentiam até honrados por trabalhar para personalidade tão importante. Vestiam, inclusive, camiseta com o nome do deputado desrespeitador dos direitos humanos.
Glória Leite
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