Dom Geraldo Agnelo - Presidente da CNBB - ao criticar a política econômica e social do governo Lula, demonstrou desconhecimento de causa. Realmente mostrou que está desinformado sobre os projetos do Governo na área social. Também não podemos criticá-lo por desconhecer o que o governo tem feito, por exemplo, no ensino superior, já que Dom Geraldo pertence à igreja, seara onde domina e se sente confortável para falar de seus problemas e, talvez, das ações desta congregação. O Governo é outra história.
A educação jamais poderia ser, segundo os educadores católicos do passado, um instrumento neutro de formação de personalidades, como pretendiam os liberais e como defendiam os que tratavam de introduzir no país os princípios da pedagogia pragmatista. As mentes jovens deveriam ser educadas segundo princípios éticos definidos , e a Igreja era a instituição mais capaz de desempenhar esta função. Se fosse possível à Igreja controlar e dirigir a educação pública, tanto melhor; se não, ela deveria pelo menos exigir o direito à liberdade do ensino, ou seja, o direito de as instituições religiosas terem suas próprias escolas, e de as famílias decidirem que tipo de educação preferem para seus filhos.
Para mim, é pouco. Gostaria que a Igreja acenasse com a oportunidade de jovens de baixa renda freqüentarem suas escolas.
Já se foi o tempo em que a Igreja era parte integrante e preponderante da política nacional. E até onde nós sabemos, no tempo que Igreja influía, mandava e desmandava na política tupiniquim, os pobres eram os que sempre lotavam as cadeias do interior e nenhum bispo interferia para pressionar sua alforria, cargo desempenhado sempre pelo coronel.
Dom Geraldo Agnelo tem a oportunidade de contrapor esse consenso. Basta que dê uma olhadinha neste pedido de uma leitora a esse Blog, o qual me sinto no dever de publicar. Ela pede que alguém a ajude a conseguir uma bolsa na Puccamp. Diz que é a única filha que terminou os estudos e que quer fazer faculdade.
"O principal eu já fiz,que foi passar no vestibular e pagar a pré matrícula, porém não tenho como pagar a mensalidade de R$831,00. Minha mãe recebe R$369,00 meu pai não trabalha por motivos de saúde. Ele deixou de operar para pagar a pré matrícula já que teve que gastar o dinheiro do banco que era destinados caso precisasse de remédio. Meus pais ficaram orgulhosos por eu ter passado no vestibular e eu adoraria ganhar a bolsa. Tenho 19 anos,não tenho trabalho. Posso compensar a bolsa com trabalho social. Sei que tem diversos tipos de bolsa, e sei que existe uma vaga para bolsa escola da família, mas acabou a inscrição e, só irá recomeçar em fevereiro. Mas chegou o boleto da mensalidade de fevereiro e eu não tenho como pagar, mas gostaria de realizar meu sonho que é de me formar em Ed. Física. PEÇO QUE ME AJUDE!"
atenciosamente,
Eliane
O Governo já dá sua contribuição através do Prouni. E a PUC, creio eu, não deixará de atender a Eliane!!
Tom Cruz
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