Pages

sábado, 28 de janeiro de 2006

QUANDO UMA VAIA VALE MAIS QUE UMA ELEIÇÃO


O leitor Emmanuel Ramos de Castro faz uma análise sobre a notícia, A vaia que Serra levou....publicada nos jornais.
Este texto está
aqui no livro de visitas em apoio ao presidente Lula, mas vale a pena ser públicado no blog.

QUANDO UMA VAIA VALE MAIS QUE UMA ELEIÇÃO

Seria apenas um telejornal (SPTV) narrando e mostrando notícias triviais do dia-a-dia, não fosse a cena que me levou à desforra.

Serra (o vampirão) inaugurando uma escola - obra eleitoreira, já que o infame pensa em abandonar os paulistanos nos braços da cria de Pitta, que, por acaso(?) é o seu vice para candidatar-se à presidência da república - rodeado de pobres.

Serra parecia mais o conde Drácula quando, nos filmes, entra no quarto da mocinha e se depara com o seu pescoço à mostra. Era todo sorrisos. Caras e bocas para as câmeras e fotógrafos.

Tudo teria saído como o ator planejara, não fosse a surpresa que os aguardava.

Moradores da região apareceram no meio da peça teatral que Serra encenava com sua equipe, liderada por José Aníbal, eminência parda do prefeito feioso que, surpreso e com a cara de bunda não entendia aquela cena paralela, já que não estava no script.

Mas o povo não é bobo, dizem. As faixas e o barulho impediam o ator principal de continuar sua encenação. A cara de Serra deixava escapar o ódio que ele estava sentindo naquele momento. Consegui ler seus pensamentos. Cruz credo! Nem me atrevo a reproduzir.

Mas Serra é político! É raposa, portanto! Controlou-se! Manteve a pose e, para que todos vissem que ele é bonzinho e democrático, chamou uma pobre qualquer para dizer-lhe, ali, no meio da peça, diante dos outros pobres, dos espectadores e dos olhos da imprensa, que ele iria colocá-los em contato direto com o secretário municipal de habitação e, certamente, tudo seria resolvido.

Mas, a recém nomeada representante da comunidade não se fez de rogada. Não engoliu o caco do ator. Parece que aquela senhora sabe das coisas!

Dona fulana pegou o microfone, abriu a bocarra, através da qual se via alguns dentes, apenas e lascou o verbo, sob os aplausos e gritos da claquete. Não da do teatro de Serra, mas da sua claquete, os outros desdentados.

Naquele momento eu senti o sangue de Serra correr pelas minhas veias. Estava sentindo exatamente o que Serra sentia. Vergonha, constrangimento!

Esta simbiose mental me fez confirmar o que penso sobre o filho da Mooca: a sua pouca tolerância. Ele sentia ódio! Sentia vontade de sumir com todos aqueles pobres banguelas.

Adorei.

Emmanuel Castro

FELIZ 2006 COM LULA LÁ OUTRA VEZ!

0 Comentários:

Postar um comentário


Meus queridos e minhas queridas leitoras

Não publicamos comentários anônimos

Obrigada pela colaboração