Imposta pela Constituição, só surpreende cidadãos desinformados e a mídia não especializada, pois o Executivo federal apenas dá seqüência à política implantada no primeiro ano desta administração: substituir terceirizados por efetivos e preencher parte dos claros existentes nas áreas mais prioritárias, conforme a disponibilidade financeira. Neste semestre deverão ocorrer concursos em 19 órgãos e homologada a aprovação de cerca de 16.500 candidatos, informa a secretária de RH do Ministério do Planejamento, Marilene Lucas. À primeira vista, pode parecer muito, mas não é, pois ainda restarão inúmeros claros. Nota-se apenas uma aceleração dos processos seletivos porque no período eleitoral não pode haver admissões resultantes de concursos não homologados. O governo não está inchando a máquina pública. Trata apenas de tirá-la da sucata onde foi largada pelo governo anterior, que deixou hospitais sem enfermeiros e médicos, faculdades e escolas sem professores e o INSS sem peritos e pessoal administrativo, para ficar apenas nesses exemplos. Além disso, os terceirizados estão sendo substituídos gradativamente, ao longo de cinco anos, por servidores concursados (só este ano entrarão 6 mil, com essa finalidade), em sintonia com a Justiça, o Tribunal de Contas da União e o Ministério Público do Trabalho. Quem pode ser contra a valorização do servidor e o fortalecimento do serviço público? Somente os políticos irresponsáveis, cujo lema é alcançar o poder a qualquer custo.
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