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terça-feira, 31 de janeiro de 2006

Capital cultural

A cidade de Olinda foi escolhida como a capital brasileira da cultura de 2006. O título do Ministério da Cultura é um reconhecimento à terra dos bonecos gigantes, do carnaval e do maracatu.

Uma cidade, muitas imagens, uma paixão. Quando trocou a cidade onde nasceu por Olinda, Alceu Valença encontrou uma fonte de inspiração sem fim. “Olinda tem sobretudo cultura. É uma das cidades brasileiras que mais guardam suas referências”.
Assim é Olinda, cidade que a Unesco já havia reconhecido como patrimônio da humanidade e que agora foi eleita capital brasileira da cultura.

Terra de iguarias típicas, como a tapioca, o pau do índio, bebida que segundo os costumes locais, serve para tudo. Para refrescar, água de coco. Os turistas mal chegaram e já ficaram fascinados.

Os brasileiros também se impressionaram. Passistas de frevo recepcionam os visitantes, uma amostra do que se dança nessa terra.

Olinda é muitas cidades em uma só. Em 470 anos de história, acumulou pedaços da herança de que passou por aqui. “Tem a presença portuguesa através da igreja, a representação indígena, com comidas e costumes, o acarajé africano e o frevo. Olinda é um símbolo do Brasil”, diz o historiador Lula Couto.

Ladeiras cruzam com ruas estreitas. Os casarões que podem ser levados como souvenir nas miniaturas dos artistas da terra. As igrejas, na catedral da Sé, os turistas param em frente ao altar. O mosteiro de São Bento foi erguido há mais de quatrocentos anos. Lá, os monges beneditinos preservam o canto gregoriano e rezam em frente a um tesouro: um altar entalhado em 12 toneladas de cedro, coberto de folhas de ouro. Outro prédio histórico, palácio dos governadores do século 17, onde já foi escola, teatro e hoje é a sede da prefeitura. O turista que visitar o local hoje não vai reconhecê-lo durante o carnaval.

O território do frevo e do maracatu e dos bonecos é também a terra da fantasia. Olinda, jeito de cidade do interior e bagagem cultural de capital. Capital brasileira da cultura e da beleza.

Helena

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