O nível de confiança do pequeno e médio empresário no Brasil para o primeiro trimestre de 2016 subiu 6,9% e atingiu 58,9 pontos, de acordo com o Índice de Confiança do Empresário de Pequenos e Médios Negócios no Brasil (IC-PMN), elaborado pelo Centro de Pesquisas em Estratégia do Insper, com apoio do Santander. A alta de 3,8 pontos sobre o último levantamento - referente ao quarto trimestre deste ano - rompeu o ciclo de queda iniciado no último trimestre de 2014.
O crescimento registrado pelo índice segue-se a uma queda de 3,9% no quarto trimestre de 2015, quando o IC-PMN registrou o menor valor da série histórica. A recuperação, portanto, deve ser interpretada com cautela, explica o economista Gino Olivares, professor e pesquisador do Insper.
- Após um quarto trimestre conturbado, o indicador estaria voltando aos níveis registrados nos trimestres anteriores, sinalizando estabilidade - conclui.
A perspectiva econômica foi um dos principais responsáveis pelo aumento do índice, com 52,1 pontos, um aumento de 14,3% sobre o quarto trimestre de 2015. Na avaliação por setor, o de serviços também contribuiu para melhora do IC-PMN, com 60 pontos e uma variação de 14% em relação ao período anterior.
Na análise regional, os pequenos e médios empresários do Nordeste demonstraram mais otimismo, com 62,5 pontos e um aumento de 9,6%, contra o quarto trimestre. O Sul foi a segunda região com maior confiança, com alta de 8,1% (59,1 pontos). A Região Norte apresentou a menor variação, com crescimento de 1,1% (62 pontos) para este trimestre.
Os dados do IC-PMN foram obtidos por meio de entrevistas telefônicas com 1.410 pequenos e médios empresários de todo o país, dos setores da indústria, comércio e serviços. A margem de erro do índice é de 1,4% para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%.
O índice reflete as perspectivas deste grupo com relação ao futuro da economia, do seu setor e do seu próprio negócio. Trimestral e único no país, o indicador foi lançado em novembro de 2008 e é organizado pelo Centro de Pesquisas em Estratégia do Insper com o apoio do Santander. Os empresários respondem questões obedecendo a uma escala de 0 a 100 pontos, onde 100 representa o nível máximo de confiança. Agência de notícias EFE
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