No fim do depoimento de Ricardo Pessoa ao juiz Sérgio Moro, nesta quarta, Roberto Brzezinski Neto, advogado de Renato Duque, perguntou ao presidente da UTC se ele havia citado políticos em sua delação.
Com a resposta positiva, pediu que Pessoa dissesse, então, os nomes. Moro interferiu, afirmando que ele não poderia responder esse tipo de pergunta por envolver pessoas "com foro privilegiado".
O empresário Ricardo Pessoal, terá que pagar uma multa de R$ 51 milhões por sua participação no esquema de corrupção na estatal. O acordo prevê um desconto de 10% na multa caso Pessoa antecipe o pagamento à Justiça. O Ministério Público Federal (MPF) anexou, nesta quinta-feira, os termos de colaboração premiada do presidente da UTC que terá ainda que cumprir uma pena de até dois anos regime domiciliar diferenciado, no qual pode sair para trabalhar.
Pessoa cita o nome de pelo menos 18 políticos que receberam propina, parte dela através de doações oficiais a campanhas de candidatos de PT, PTB, PMDB, PSDB, PSB e PP.
Entre os favorecidos estariam as campanhas de parlamentares como os senadores Fernando Collor (PTB-AL), Edison Lobão (PMDB-MA) e Aloysio Nunes.
O empresário entregou planilhas com os valores das propinas e contou como fazia os repasses.
Pelo termo de colaboração, homologado pelo ministro do STF Teori Zavascki no dia 23 de junho, Pessoa é obrigado a prestar serviços comunitários 30 horas por mês durante um ano e quatro meses em uma entidade assistencial. Ele está proibido de frequentar casas de jogos e de prostituição. E é obrigado a comunicar, com antecedência mínima de uma semana, caso necessite viajar para cuidar da saúde.
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