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sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Habitação popular, não terá rejuste de juros. Imóveis de luxo, vai subir os juros


Maior financiadora da habitação no país, a Caixa Econômica Federal vai subir os juros dos empréstimos para a compra da casa própria  dos ricos a partir da próxima segunda.

Os maiores aumentos serão para os imóveis acima de R$ 750 mil, cuja taxa de balcão (espécie de tabela cheia) passa de 9,2% para 11% ao ano mais a TR (Taxa Referencial), encostando nos juros dos demais bancos. Para os clientes com relacionamento (que têm seguro, investimentos etc.), o juro sobe de 9,10% para 10,70% (veja ao lado).

As taxas do Banco do Brasil para casas acima de R$ 750 mil, por exemplo, ficarão menores do que as da Caixa. Enquanto a Caixa passa a cobrar entre 10,2% e 11%, BB cobra de 9,4% a 9,6% e não há previsão de novo reajuste.

É a primeira mudança na tabela da Caixa, que ficou congelada  em todo ano de 2014.
O motivo do aumento das taxas é a alta da taxa Selic, os juros da dívida pública brasileira, que subiu de 10% para 11,75%. Ficaram de fora do reajuste os financiamentos populares.

Para imóveis de até R$ 750 mil, contemplados pelo SFH (Sistema Financeiro da Habitação) e que usam recursos da poupança (que rende 6% mais TR), o aumento será de 8,75% para 9% ao ano mais TR para os clientes que tenham outros produtos, comportamento mais comum.

Por exemplo, a alta de 9,2% para 11% no juro de um empréstimo R$ 500 mil por 30 anos (imóvel acima de R$ 750 mil) pela Tabela SAC (amortizações constantes) implica um aumento na primeira parcela de R$ 5.222 para R$ 5.972. Nesse caso, a renda família precisaria subir de R$ 17.407 para R$ 19.907, segundo simulação da Anefac.


Habitação popular, como o Minha Casa Minha vida, não terá reajuste

A Caixa Econômica Federal  informou que não terá  alta nos juros as linhas voltadas à habitação popular, um dos segmentos da construção preservados 

Seguirão com a tabela de 2014 as taxas para os empréstimos do programa Minha Casa Minha Vida (para famílias com renda até R$ 5.000) e aqueles financiados com recursos do FGTS (a Carta de Crédito FGTS, para famílias com renda até R$ 5.400).

Segundo Walter Cover, presidente da Abramat (associação da indústria de material de construção), cerca de 7% da receita do setor veio dos imóveis do Minha Casa, Minha Vida.

"Esperamos que a decisão de não subir os juros para esses imóveis se mantenha e que seja aprovada a construção de 600 mil casas neste ano, conforme foi sinalizado pelo governo. O programa é uma maneira de melhorar os resultados das vendas."

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