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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Concessão dos Aeroportos foi estratégia de redistribuição de renda

A concessão dos Aeroportos de Guarulhos, Brasília e Viracopos à inciativa privada desagrada a quem é contra as privatizações, por princípio.

E a princípio, o governo Dilma é contrário à privatizações. Então qual é a lógica dessas concessões?

Se olharmos bem a operação ao longo dos 20 a 30 anos, veremos que não há uma política pública de diminuição do Estado no setor aéreo, e sim um remanejamento de capital estatal de uma região para outra, a fim de promover o desenvolvimento regional.

O governo está arrecadando dinheiro em mercados ricos como São Paulo e Brasília, para investir em mercados menos desenvolvidos que precisam de aeroportos melhores, como nas regiões Norte, Nordeste, no Pantanal, em Foz do Iguaçu, etc. O resultado disso será melhor distribuição de renda, principalmente para a indústria do turismo.

A concessão rendeu R$ 24,5 bilhões pelo que já existe em São Paulo, Campinas e Brasília. Esse dinheiro é destinado ao Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC), que tem a finalidade de garantir verbas para outros aeroportos a serem reformados ou construídos sob direção ESTATAL, especialmente os regionais.

Portanto, o dinheiro do setor aéreo não está sendo "desestatizado", está sendo remanejado da região mais rica para as regiões mais pobres, corrigindo desequilíbrios regionais.

Outra fonte de receita destes aeroportos concedidos, também para reinvestir nos aeroportos estatais através deste Fundo:
- 10% do faturamento bruto anual de Guarulhos;
- 5% do faturamento bruto anual de Viracopos;
- 2% do faturamento bruto anual de Brasília.

Por fim, a Infraero continua dona da concessão de 49% destes três aeroportos e, portanto, continuará tendo metade dos lucros deles.

A ideia de conceder à iniciativa privada assusta, e protestos como os da CUT são justos, válidos e compreensíveis, pela má experiência das privatizações no passado, mas dessa vez nada tem a ver com o que foi feito na era tucana. Eis as diferenças:

- O governo concedeu por decisão estratégica própria, e não por imposição do FMI, nem por necessidade de pagar dívidas.

- Não há diminuição do estado no setor. O dinheiro será investido em outros aeroportos estatais.

- A concessão tem prazo: 20 anos para Guarulhos, 25 para Brasília, e 30 para Viracopos, podendo prorrogar apenas por 5 anos. Depois disso, os Aeroportos voltam às mãos Estado e, se lá o governo quiser deixar 100% nas mãos da Infraero ou fazer novo leilão, pode decidir o que for melhor.

- A Infraero não foi privatizada. Ela perdeu espaço nestes Aeroportos por uma mão, mas ganhará pela outra, nos Aeroportos estatais que receberão investimentos do FNAC.

- Se a Infraero não foi privatizada, não haverá demissões em massa de seus funcionários, como ocorria na privataria tucana. No máximo ocorrerá remanejamento, se houver excedente em algum dos aeroportos concedidos.

Se olharmos o todo, a operação foi engenhosa. Havia pouco interesse do capital privado em investir nas outras regiões, e havia muito interesse em investir em São Paulo e Brasília. O governo jogou com os investidores para fazer uma triangulação: captou dinheiro em São Paulo, que será investido no Nordeste, na Amazônia, no Pantanal, etc.

Detalhe: São Paulo e Brasília não terão nenhum prejuízo. Pelo contrário, as concessionárias estão obrigadas a investir R$ 16 bilhões nos 3 aeroportos ao longo dos anos, para ampliação e modernização.

Em tempo: o BNDES não está financiando o valor da concessão, como há gente mal informada dizendo por aí. O BNDES oferece empréstimo para obras de ampliação dos aeroportos, como sempre fez com outros empreendimentos industriais e de infra-estrutura.

23 Comentários:

Carlos Augusto disse...

O QUE É QUE EU VOU DIZER LÁ EM CASA. NÓS QUE CRITICAMOS TANTO O PILANTRA DO FHC PELA PRIVATIZAÇÃO DAS TELES. SINCERAMENTE, EU TÔ PRA DESISTIR. NÃO ENTENDO MAIS NADA DO QUE ESTÁ ACONTECENDO COM O NOSSO PT. MAS, NADA MESMO!!!

Paulo - Floripa SC disse...

Valeu a explicação, Zé Augusto.
Porém gostaria de maiores explicações. Quais serviços foram cedidos à iniciativa privada? A Infraero tendo 49% dos aeroportos, quer dizer que foram cedidos 51%? Quanto aos investimentos nos aeroportos, a infraero terá poder de decisão dos mesmos? Poder de veto? O aluguel dos espaços dos aeroportos foram para a iniciativa privada? E os espaços publicitários? As tarifas aeroportuárias tbm?
Com as rodovias é mais fácil saber sobre as concessões. As concessionárias COBRAM PEDÁGIOS e ficam com o ônus da manutenção. Porém com os aeroportos é mais complicado entender. Tem muitas formas de receitas.
Obrigado

Waldemar Andreu disse...

Desculpe a minha ignorância, não entendi essa continha! Por acaso não seria, entregar o filé mignon para as empresas,o estado ficam com os ossos?

Anônimo disse...

Prezado Carlos Augusto,
Procure informação junto a um bom aluno de direito e ele poderá lhe informar a diferença entre PRIVATIZAÇÃO, ou seja, VENDA de TODO UM PRATRIMÔNIO para o partircular e CONCESSÃO, onde a UNIÃO, ESTADO, OU MUNICÍPIO, conforme o caso, faz um leilão, recebe um valor, mas continua dono, inclusive recebendo anualmente milhões até terminar o prazo do arrendamendo, quando tudo volta para ao estado anterior.
No caso dos aeroportos, nada foi privatizado, como por muitos se confunde a situação. A União vai receber bilhões pela concessão por prazo determinado de 51% do patrimônio e as concessionárias se obrigam além de investimentos elevados a devolver os mesmos 51% a união, ao término na concessão por prazo determinado, que pode ou não ter uma prorrogação.
Não se deixe enganar com a Palavra Privatização, porque o caso é de CONCESSÃO, mas economistas e jornalistas tucanos e também radicais de esquerda estão tentando confundir alhos com bugalhos.
Sou totalmente contra PRIVATIZAR, mas não contrário às CONCESSÕES. Aqui no estado do Rio, antes mesmo de FHC tivemos concessões, só para exemplificar, de estradas, como a Rio-Teresópolis, CRT-Concessionária Rio-Teresópolis e da Ponte Rio-Niterói e nunca alguém teve coragem de reclamar ou de dizer que que os casos são de Privatizações.
Grande abraço,
Saraiva

Odete disse...

Carlos Augusto, parece que você não leu ou não entendeu o artigo do José Augusto. Não há pilantragem alguma (como aconteceu na era FHC). Parece que você não quer mesmo entender , né mesmo? É mais fácil, mais simples assim. Haja paciência!!!

Anônimo disse...

Ainda para ajudar a entender a diferença entre PRIVATIZAÇÃO e CONCESSÃO, segue artigo abaixo:
Governo Dilma CONCEDE aeroporto, por 20 anos, por valor três vezes maior do que o PSDB VENDEU a Vale
Governo concede aeroportos com ágio de até 673%

VAGNER MAGALHÃES
Terra
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) realizou nesta segunda-feira um leilão para transferir ao setor privado a exploração de três terminais aéreos internacionais: o de Cumbica, em Guarulhos, o de Viracopos, em Campinas e o Juscelino Kubitschek, em Brasília. O aeroporto de Brasília foi o que teve o maior valor acima da oferta mínima exigida pelo governo. O consórcio Inframerica Aeroportos levou a concessão na capital federal com a oferta de R$ 4,5 bilhões, ante preço mínimo de R$ 582 milhões - um ágio de 673%.
O consórcio formado por Invepar, OAS e a sul-africana ACSA, apresentou a melhor oferta econômica pela concessão do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (SP), no valor de R$ 16,2 bilhões, com ágio de 375% sobre o preço mínimo de R$ 3,4 bilhões. Já o consórcio que inclui a Triunfo Participações e a francesa Egis Airport Operation fez a proposta financeira mais elevada pelo aeroporto de Viracopos (SP), de R$ 3,8 bilhões. O preço mínimo era de R$ 1,47 bilhão - um ágio de 159%. Os três aeroportos respondem, conjuntamente, pela movimentação de 30% dos passageiros, 57% da carga e 19% das aeronaves do sistema brasileiro.
Após a abertura das propostas na sede da Bovespa em São Paulo, os consórcios que fizeram as melhores propostas iniciais continuaram a disputa em um leilão viva-voz. Encerrado o tempo de lances, as ofertas totalizaram R$ 24,53 bilhões a serem pagos ao governo - um ágio médio de 347%. O grupo Inframérica Aeroportos, que ficou com o aeroporto de Brasília, conta com a Engevix e a argentina Corporación América, que no ano passado venceu a disputa pelo aeroporto São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte.
A partir do contrato, haverá um período de transição de seis meses no qual a concessionária administrará o aeroporto em conjunto com a Infraero. Após esse período, que pode ser prorrogado por mais seis meses, o novo controlador assume o controle das operações do aeroporto. A Infraero, empresa pública federal, continuará operando 63 aeroportos no País, responsáveis pela movimentação de cerca de 67% do total de passageiros. Até o final da concessão de cada aeroporto estão previstos investimentos da ordem de R$ 4,6 bilhões em Guarulhos, R$ 8,7 bilhões em Viracopos e R$ 2,8 bilhões em Brasília. Além disso, os contratos assinados determinam o estabelecimento de padrões internacionais de qualidade de serviço.
Entenda
De olho na Copa do Mundo de 2014 e na Olimpíada de 2016, a administração da presidente Dilma Rousseff conta com os recursos e a gestão de empresas privadas brasileiras e operadoras internacionais de aeroportos para realizar os necessários investimentos nos terminais. A presença de companhias de fora do Brasil foi uma exigência do edital, ao estabelecer que cada consórcio tivesse um operador que tenha transportado ao menos 5 milhões de passageiros no ano passado.
A estatal Infraero, atualmente responsável pelos aeroportos no Brasil, será sócia dos concessionários privados, com participação de 49% nos terminais. Os três aeroportos têm prazo de concessão diferentes. São 20 anos para Guarulhos, 25 anos para Brasília e 30 anos para Viracopos. Além da outorga, os concessionários terão que ceder um percentual da receita bruta ao governo, dinheiro que irá para um fundo cujos recursos serão destinados ao fomento da aviação regional.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai financiar até 80% do investimento total do edital previsto do leilão para os três aeroportos. O prazo do empréstimos será de até 15 anos para os terminais de Guarulhos e de Brasília e de até 20 anos no caso de Viracopos.

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às 13:56 1 comentários
Marcadores: Governo Dilma, Quadrilha do PSDB

Vicente Júnior disse...

A INFRAERO é dona de 49% os aeroportos e tem metade do lucro? Só vocês petistas para escreverem isso...

Anônimo disse...

Por ser totalmente contrário as PRIVATARIAS, de ontem e de hoje, a duvida era grande. No entanto, dado as explicações acima e, principalmente, a CREDIBILIDADE DESTE ESPAÇO, a dúvida esta quase completamente superada. (H.Pires)

Anônimo disse...

Meu caro, mesmo com todas as explicações quero crer que há um certo engodo nisso tudo, pois vejamos, o dinheiro do usuário dos aeroportos é o mesmo, o dinheiro do BNDES é o mesmo, isto é vem grande parte do FAT e quem contribui para tudo isso é o cidadão, trabalhador. Então essa história de privatizar aqui para investir acolá é uma tremenda baboseira, pois é mais velho do que andar para frente é essa conversa fiada. É sabido que do "couro sai a correia", e a iniciativa privada só entra com a "pica" e nós entramos com o cú.

Anônimo disse...

Pinheirinho e classe D e E nunca mais serão os mesmos depois da concessão de 51% por 20 anos destes 3 aeroportos…

Anônimo disse...

Alguem ai tem algum material pra me enviar sobre a privatizacao das rodovias em SP? Quem sao os donos, quem financiou, por qto tempo??
marcy7@hotmail.com

Edmar Cabral disse...

Carlos Augusto, se tu és mesmo do "nosso PT", precisas se informar melhor: Não houve privatização nenhuma. O que ocorreu foi uma espécie de arrendamento, por tempo certo e que obriga o operador do aeroporto a fazer investimenos e a repassar ao governo um percentual fixo da renda bruta da operação dos aeroportos e 49% do lucro para a Infraero. Entendeu? Não teve PRIVATIZAÇÃO. Nesta os bens vendidos (no caso dos TUGANOS doados)nunca mais voltam às mãos do EStado, como ocorreu com as telefônicas, as elétricas, a VALE, a usiminas, a Siderúrgica de Volta Redonda, etc., que se foram pra sempre! Para de drama e seja petista!

Ignez disse...

Bom,creio que este processo de privatização difere frontalmente da "privataria Tucana". Fico mais confortável ao saber que a concessão tem prazo (20, 25 anos), portanto voltará para as mãos do Estado; que o BNDES não deu dinheiro, mas emprestou, como é de sua natureza; fico felicíssima que o lucro do governo (para investir no Brasil mais carente) tenha sido espetacular! Sou contra privatizações, mas os elementos acima me fizeram perceber a infinita distância entre o leilão promovido hoje, e o processo entreguista, com moeda podre e às custas de prejuízo incalculável para o povo brasileiro, quando era o PSDB. De toda forma, estamos atentos.

Ana Cruzzeli disse...

Eu concordo plenamente com suas colocações.

Quando houve as privatizações e algumas concessões do FHC eu fiquei parada.Na epoca eu até achava, pela ilusão criada pela corja desse senhor que o Brasil iria ganhar. Mas aí você vê que as coisas foram um grande roubo em todos os sentidos.
-Vale do Rio Doce e CSN. Foram praticamente doadas. A Vale hoje tem vai ter que se planejar para fazer tarefas que a CSN não quer fazer.
-Concessão das telecomunicações. As regras, as ações do conselho só foram cumpridas de 2003 para cá. Muita gente diz: Viu como está mais fácil usar o telefone e internet. Ninguém se lembra que o FHC não punia as concessionárias, fazia vista grossa para todos os malfeitos. O Lula veio e colocou ordem no galinheiro. Hoje a minha internet está a metade que em 2002, o celular eu ainda acho caro, mas já caiu muito e vai cair mais ainda com o aumento da concorrencia. Isso tudo não acontece por geração espontanea houve pressão e ações governamentais. O FHC colocou o abacaxi nas mãos do Lula e fez o cara descascar.
Agora não, dá para entender e muito as concessões da Dilma. É muito, mas é muito diferente.
Zé, você tocou na ferida. O norte e nordeste tão esquecidos no passado tem que ter a sua vez agora e todo o povo brasileiro é responsável.
Esse tipo de concessão eu dou o maior apoio e vou para o embate.
Sou socialista, mas como diz Carl Marx, o capital não deve morrer, só tem que ser administrado pelo povo. É isso que Dilma está fazendo, é isso que Lula fez. Não vejo nenhum problema em dar espaço para o administrador privado desde que ele siga as regras socialistas de gerar emprego e renda, cobrar serviço justo e não explorar o trabalhador, tudo bem, os desempregados do norte e nordeste agradecem. Esse 24,5 bilhões vão gerar muito emprego nessa região de maneira direta e indireta, e ainda será foco de atração estrangeira.
Emprego minha gente, emprego essa a senha.Quem não tem emprego tem pressa.
Se eu já respeitava essa mulher agora muito mais.

Anônimo disse...

Assistindo hoje o Jornal da Massa, onde tem um rapaz muito alegre chamado Paulinho, acha que os valores das concessoes dos aeroportos foram mal dimensionadas.
Para acabar com essas manchetes que virão pelas maos do PIG, sujiro os blogs "sujos", fazerem comparaçoes entre essas concessoes e os valores dos Leiloes da Vale.

Neto

Filipe disse...

Não suporto quando vejo petista tentando justificar o erro.
Por quê o governo não usou o dinheiro do BNDES para capitalizar a Infraero?
Depois de aumentar o capital do governo na Petrobrás e Vale, Dilma resolveu fazer um agrado a investidores privados e a imprensa...foi isso que aconteceu.

Luis R disse...

Papo furado, aposto como vai ficar viajar vai fixar mais caro ainda, o serviço pior e impessoal.

João disse...

Ué, Carlos? Virou tucano que não lê o texto quando ele explica as razões do PT? Ou vc é um tucano disfarçado?

Zé Augusto disse...

Luis R
As taxas de embarque foram fixadas pelo contrato de concessão como valor máximo, as atuais cobradas pela Infraero. Só podem aumentar pelo IPCA, semelhante a contrato de aluguel.

Zé Augusto disse...

Waldemar Andreu
Você disse: Por acaso não seria, entregar o filé mignon para as empresas,o estado ficam com os ossos?
Eu acho que foi alugar caro o que está valorizado, para investir no que está sub-valorizado por falta de investimentos (Aeroportos do Nordeste, Amazônica e Pantanal, por exemplo).
Aeroportos de Recife, Fortaleza, Salvador serão filé mignon daqui a alguns anos, de dar inveja a muitos Aeroportos europeus importantes. Lembre-se que a economia brasileira já é maior do que do Reino Unido.

Zé Augusto disse...

Tibiriça e Felipe,
Se o governo tivesse que emitir R$ 40 bilhões (R$ 24 bi de receita + R$ 16 bi de investimentos) em títulos pagando juros da dívida com vencimento de 20 a 30 anos para financiar Aeroportos capitalizando a Infraero, talvez você achasse que estava fazendo o certo. Só que os juros seriam uma transferencia de renda para iniciativa privada maior do qualquer destas concessões.
Então não é melhor obrigar o grande capital a investir também em infra-estrutura do que em títulos, para só o governo investir em infra-estrutura?
Lembre-se que o grande capital gosta de emprestar a governos porque, diferente de empresas que falem e não pagam, governos podem podem aumentar impostos ou vender suas riquezas na bacia das almas quando quebram, por imposição do FMI e do boicote internacional.
Pois Dilma alugou (não privatizou) metade destes Aeroportos pelos mesmos 20 a 30 anos. Terá os Aeroportos de volta modernizados e ampliados, ao mesmo tempo em que recebe R$ 24 bi para investir em outros aeroportos sem pagar 1 centavo de juros.
Quanto ao BNDES ter dinheiro do FAT (lembre-se que dinheiro tem fim e o FAT financia também desde programas de geração de renda até saneamento), só empresta para obras e compra equipamentos (muitos só nacionais), o que interessa ao trabalhador. Igual a empréstimos para Aeroportos já existe para consórcios que constroem hidroelética com participação da Eletrobras e de empresas privadas. A função do BNDES é fomentar o desenvolvimento. Como você quer aumentar empregos, salários e o PIB do Pantanal, via turismo sustentável, sem um Aeroporto maior em Curumbá e com ampla oferta de vôos? O mesmo acontece com regiões da Amazônia como Roraima. Isso para não falar que o Nordeste pode receber tantos turistas como recebe o México hoje (por ser vizinho dos EUA), aumentando muito a renda e emprego para os nordestinos. Será que isso não interessa aos trabalhadores? Abç

Zé Augusto disse...

Paulo - Floripa SC
1) Do mesmo jeito que alguém é dono de uma loja e aluga, colocando cláusulas nos contratos, o governo é o dono do Aeroporto e alugou. Antes era alugado para a Infraero que é uma empresa 100% estatal. Agora foi alugado à uma nova empresa concessionária da seguinte forma:
- A Infraero continua sócia com 49%.
- Os outros (fundos pensão e empresas) ficaram com 51%.
2) A Infraero, como sócia tem direito de um grande acionista.
3) Não sei se tem direito a veto sobre qualquer decisão de diretoria, mas o veto da União é automático sobre qualquer coisa que fuja ao contrato de concessão. Dilma ficou com mais poderes do qualquer agência reguladora, pois se infringir cláusulas do contrato, ela pode retomar a concessão de volta, simplesmente usando o contrato de concessão.
4) Todas as receitas da operação do aeroporto concedido fica para o consórcio vencedor (tarifas, publicidade, aluguel de lojas, estacionamento, etc), sendo que 49% é do Infraero. E tem o percentual da receita bruta de cada aeroporto (10% no caso de Guarulhos) que vai para o FNAC (fundo para o governo investir em outros aeroportos).
5) A concessão é parecida com rodovias, os concessionários também tem obrigação de cumprirem os investimentos que fazem parte do contrato de concessão. Só que os Aeroportos tem mais fontes de receitas, e também obrigações mais diversificadas para cumprir.

Anônimo disse...

Imenso malabarismo esta sendo usado para justificar por que foi arrancado mais um pedaço de nossa bandeira.Porque não se capitalizou a INFRAERO.Dilma me decepcionou em pinheirinho na comissão da verdade{convidar fhc,aquele que buscou refúgio nos braços de tio sam em plena guerra fria}e agora passa um atestado de imcompetencia para gerir nossos aeroportos e imenso malabarismo será usado para justificar futuros "alugueis".Saudades de LULA!

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