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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Alckmin: Só no dia de São Nunca os desalojados do Pinheirinho terão casa


Depois que até boa parte do PIG (*) condenou o extermínio do Pinheirinho, o governador tucano Geraldo Alckmin, vestiu a pele cordeiro em frente as câmaras, para "anunciar" 5 mil casas populares para São José dos Campos, mas...

A promessa é igual a um cheque sem fundos, pela própria nota da assessoria de imprensa oficial do governador, porque diz:
... serão viabilizadas nos "próximos anos", pois ainda "dependem de definição de áreas".
Segundo a nota:

- Só há terreno disponibilizado pela prefeitura para 1,1 mil moradias;
- Estas só ficariam prontas daqui a 18 meses;
- o resto seria nos "próximos anos", dependendo de conseguir terreno.

Conclusão: Casa, só no dia de São Nunca, se depender de Alckmin

- São José dos Campos tem um déficit habitacional de 5.000 moradias para casas populares (deve ser o número de gente cadastrada em programas habitacionais).
- Só as famílias do Pinheirinho jogadas na rua são cerca de 1.700 que, bem ou mal, tinham seus lares e agora não tem para onde ir;
- Só 1.100 casas ficarão prontas daqui a 1 ano e meio;
- As famílias do Pinheirinho (que tinham casa e foram destruídas), entraram agora no fim da fila no cadastro. Portanto, deve ter mais de 3.000 inscritos na frente, e que ficarão com as 1.100 casas, não sobrando nenhuma para os desalojados do Pinheirinho;

Alckmin só planejou o extermínio das moradias, o reassentamento não tinha plano nenhum

O "anúncio" das medidas, depois de 4 dias da expulsão e demolição das casas, provam que Alckmin só tinha o plano para exterminar, e entregar o terreno "limpo" para a massa falida do mega-especulador Naji Nahas. O reassentamento ele está tendo que improvisar agora, pois não tinha nenhum plano sobre o que fazer com as crianças, mulheres, idosos e trabalhadores desalojados. Parece tratar gente como entulho a ser removido.

Aluguel Social, é outro cheque sem-fundos, para expulsar imigrantes

O tucano também "anunciou" que dará aluguel social para as famílias do Pinheirinho desalojadas, no valor de R$ 500 mensal, por 6 meses ("podendo" ser estendido).

Prevê-se que 1.300 famílias se inscreverão (as outras 400 famílias talvez tenham parentes para abrigá-los em outra cidade).

Ora, se há déficit habitacional para a baixa renda na cidade, onde vão conseguir casa para alugar nesse valor?

Além disso, esse aluguel social não passa de um cala-boca neoliberal para amenizar a desgraça imposta pelo governador à essa gente, porque ainda que encontrasse casa nesse valor, em uma cidade como São José dos Campos, qual imobiliária alugaria um imóvel para uma família de baixa renda e instável, sem fiador, e cuja garantia real de pagamento é só por 6 meses?

Na verdade, a expectativa desse tipo de política de Alckmin é vencer o pobre pelo cansaço, fazendo-o desistir, sobretudo imigrantes, para forçá-los a voltar para seus estados de origem.

Sem conseguir alugar uma casa na cidade, a pessoa recebe o dinheiro e acaba se mudando ou para seu estado de origem onde tem família, ou para outra cidade periférica com vazios urbanos onde possa encontrar um canto para fazer um barraco.

Em vez de solucionar a erradicação da pobreza na cidade e no Brasil, o prefeito da rica São José dos Campos e Geraldo Alckmin empurram os problemas para cidades mais pobres, liberando terrenos para a especulação imobiliária de gente como Naji Nahas.

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(*) PIG (Partido da Imprensa Golpista). Veja alguns colunistas do PIG que condenou a monstruosidade de Alckmin e do prefeito Eduardo Cury:
- Ricardo Boechat
- Paulo Moreira Leite (aqui, aqui e aqui);
- Jânio de Freitas (aqui no nosso blog)
Globo (Bom Dia, Brasil)

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