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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Governo tucano de Minas demite servidores da Cidade Administrativa

A Cidade Administrativa, sede do governo estadual de Minas, viveu um dia de contrastes na terça-feira, 1º. Enquanto na área em frente ao Palácio Tiradentes, onde fica o gabinete do governador Antonio Anastasia (PSDB), prefeitos comemoravam a entrega de carros por parte do Executivo, nos corredores funcionários como copeiras, recepcionistas, garçons e vigilantes eram avisados de que estavam dispensados.

Nesta quarta-feira, 2, com a Assembleia Legislativa fechada devido ao feriado de finados, parlamentares de oposição ao governador usaram o Twitter para criticar as dispensas e cobrar explicações. "Governo demite servidores humildes na Brasilinha do Aécio. E o déficit zero, o choque gestão e o PIB chinês? Marketing?", disparou o deputado estadual Sávio Souza Cruz (PMDB), em referência ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), que inaugurou a Cidade Administrativa dias antes de renunciar ao cargo de governador do Estado para disputar as eleições do ano passado.

O número de trabalhadores dispensados não foi confirmado. Uma das copeiras que entrou na lista disse que são "entre 100 e 300" pessoas. "Ninguém avisou nada", lamentou. Em nota, o governo afirmou que, 19 meses após a inauguração do espaço, está sendo feita uma "revisão de vários modelos de prestação de serviço, de forma a racionalizar e se adequar à necessidade de atendimento de servidores e visitantes".

Segundo a nota, essa "racionalização" é uma "diretriz básica" do projeto da nova sede do Executivo e será uma "ação constante, pois, com o passar do tempo, as demandas vão sofrendo modificações". A nota exemplifica a "racionalização" com 41 cargos de copeiras de 12 horas, que passarão a seis horas. Os trabalhadores não são concursados. Eles são contratados pela MGS - Minas Gerais Administração e Serviços S.A. a quem, segundo o governo, cabe "definir o quadro de pessoal necessário para a prestação do serviço". A empresa é pública, de capital fechado e vinculada à Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) e tem como função a para prestação de diversos serviços com dispensa de licitação.

Cobranças. As dispensas passaram quase despercebidas pelos representantes de 377 municípios que recebiam carros para o programa Saúde em Casa, resultado de um investimento de R$ 9,13 milhões com recursos dos governos federal e estadual. Mas foi suficiente para os opositores voltarem a criticar nomeações de aliados ao governo para cargos comissionados.

Em janeiro, Anastasia editou lei delegada que cria, até 2014, 1.314 cargos comissionados, aumento de 28,85% no número de postos comissionados de chefia e direção então existentes. Todos os novos postos ocupados representam um acréscimo de R$ 54 milhões na folha de pagamento do Estado. "Por que Anastasia não exonera os tucanos contratados aos milhares por lei delegada?", indagou o deputado estadual Rogério Correia (PT), também pelo Twitter. "Quando voltarem os trabalhos (na Assembleia),vou fazer requerimento para um estudo de redução de gastos com pessoal nomeado. Indicam montes de aliados e depois demitem garçons", afirmou o parlamentar ao Estado. Estadão

2 Comentários:

Luis R disse...

Esses 'trabalhores escravos' eram terceirizados? Preciso responder ou, não ee assim que se faz dinheiro? Ora!!!

Anônimo disse...

Prezado Colega na Cidade Administrativa Foram Demitidos 220 funcionarios, todos eles concursados,à justificativa que foi dada era que o governo ta reduzindo gastos, fico triste de saber, porque eu fui uma ferramenta desse povo e votei neles, além de eu ser auxiliar administrativo pela mgs e fui posto como supervisor, foi me passado a ordem de selecionar metade dos funcionrios para ficarem na CAMG, os demais seriam demitidos por não haver vaga em outro lugar, aff estou bastante chateado, não sei se voto mas, agora estou de ferias, mas muito triste, espero que fique claro o que passamos.

Obrigado

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