Kadafi já foi muito popular, amado por seu povo, quando era um líder progressista: fez a reforma agrária, investiu as riquezas do petróleo na educação e saúde do povo, e enfrentou o imperialismo, em vez de se deixar ser corrompido por ele. A Líbia se tornou o país com maior índice de desenvolvimento humano da África, e foi o mais rico país muçulmano. Tudo graças a políticas nacionalistas e populares.
Nos últimos anos, aparentemente sob influência de seu filho que era preparado para sucedê-lo, mas tinha idéias corrompidas pelo imperialismo, implantou políticas neoliberais, privatizou, cortou subsídios de alimentos. Desde 2007 quem chefiava a equipe econômica de Kadafi era Mahmoud Jibril (guarde esse nome, que ele voltará ao fim do texto), uma espécie de José Serra, neoliberal adestrado na Universidade de Pittsburgh (EUA).
O desemprego aumentou e o custo de vida também. A popularidade de Kadafi decaiu. Tornou-se um conservador, e só é bom conservar o que está bom. A Líbia estava piorando. Que precisava de mudanças, não se dicute, mas não mudanças para pior. E é o que está acontecendo é piorar.
Em novembro de 2010 na cimeira (encontro) África/União Européia, Kadafi ameaçou voltar ao nacionalismo e independência na política externa: disse que o FMI e o Banco Mundial destruíram a África, e disse que a palavra terrorismo também pode ser aplicada ao receituário neoliberal destas entidades, da mesma forma que se aplica à Al Qaeda de Bin Laden.
Disse que a África, na falta de parceria em pé de igualdade com a Europa, poderia voltar-se para os BRIC's (Brasil, Rússia, India e Chinja) e outros países da América Latina.
Em 2011, surgiram as rebeliões na Tunísia e Egito. Kadafi sempre enfrentou minorias de oposição rebelde, e os EUA e Europa resolveram aliarem-se a eles, fornecendo armas, mercenários e bombardeios da OTAN. Mahmoud Jibril (aquele nome acima) desertou do governo de Kadafi e aliou-se aos "rebeldes".
Kadafi foi derrubado, e entrou no rol da história como aqueles que morreram sem se render, como Saddan Hussein. Por mais que sejam demonizados na imprensa ocidental, e que tenham suas responsabilidades na violação de direitos humanos da oposição, o fato é que foram dois líderes nacionalistas (na maior parte do tempo) que não se renderam às potências imperialistas e, mais cedo ou mais tarde, seus povos irão inspirar-se nesta resistência.
Mas e quem assume na Líbia? O primeiro ministro é Mahmoud Jibril, aquele nome que pedi para se lembrarem acima: o neoliberal adestrado nas universidades estadunidenses, que até março de 2011, foi justamente o ministro de Kadafi responsável por agradar a elite imperialista e arruinar a sua popularidade. Pobre Líbia, será espoliada nesta década, como a América Latina foi nos anos 90.
-
5 Comentários:
Podes crer.
João Dias não apresentou as provas à PF
Publicado em 21/10/2011
Salve e compartilhe
| Imprimir Imprima |
Vote
Avaliação NegativaAvaliação Positiva (+11)
O Conversa Afiada reproduz texto da Agência Brasil:
PF informa que até agora não recebeu provas materiais de João Dias
A Polícia Federal informa que até agora não recebeu do policial militar João Dias Ferreira, autor de denúncias sobre a existência de um esquema de corrupção no Ministério do Esporte, nenhum documento ou gravação que possa resultar em prova material para embasar as investigações sobre o caso que envolve o ministro da pasta, Orlando Silva. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (21/10) pela Agência Brasil no Departamento de Polícia Federal, no Instituto Nacional de Criminalística e nas superintendências da PF no Distrito Federal e em São Paulo.
Ao deixar a Superintendência da Polícia Federal no DF, onde prestou depoimento por mais de sete horas na quarta-feira (19), João Dias disse ter entregue “alguns materiais, algumas provas, algumas degravações e alguns documentos fraudados emitidos pelo ministério”. Além disso, ele prometeu entregar novos documentos e áudios na segunda-feira (24).
Não podemos esquecer que Kadaffi além de nacionalista, anti-imperialista, etc, foi também, acima de tudo, um ditador selvagem, mandou derrubar um avião na Inglaterra cheio de gente e mandava matar a opsição, além de ter bombardeado o próprio povo que levantou-se contra ele.
Já foi tarde.
PIOR DO QUE O MINISTRO DE KADAFFI É O MINISTRO DA COPA DA DILMA. ESSE CARA TEM DE SER DEMITIDO URGENTEMENTE. A OISA TÁ RENDENDO DEMAIS E ATRAPALHANDO A POPULARIDADE DA PRESIDENTA. PEDE O BONÉ, TRAPALHÃO!!!
Só que o Cerra não foi adestrado em nenhum lugar. Cadê o diploma?
Postar um comentário
Meus queridos e minhas queridas leitoras
Não publicamos comentários anônimos
Obrigada pela colaboração