Pages

terça-feira, 3 de maio de 2011

O fim da raça do DEM

O governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, deixou o DEM para se filiar ao PSD do prefeito de São Paulo Gilberto Kassab. E não vai só: parlamentares das bancadas estadual e federal do partido vão acompanhá-lo. Apesar da divisão interna alimentada pela insegurança de migrar para uma nova legenda a um ano das eleições municipais de 2012, há expectativa de que a regional catarinense do PSD possa ficar maior do que o DEM estadual.

Colombo vinha trabalhando para agregar à nova legenda comandada por Kassab quadros de outros partidos e já contabiliza vitórias. Um deputado federal do PSDB, Jorginho Mello, já avisou ao governador que está de malas prontas para seguir com ele para o PSD e as adesões não param aí. O deputado estadual do PP, Kennedy Nunes, também sinalizou a disposição de aderir à nova sigla que poderá reunir cinco deputados federais.

De passagem por Florianópolis no final de semana, para prestigiar o casamento de um amigo, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), acabou ajudando Colombo a convencer seu grupo a acompanhá-lo.

Abordado pela imprensa antes da cerimônia, Geraldo Alckmin descartou a fusão com o PSDB que o DEM catarinense considerava fundamental para a sobrevivência do partido, com a opção de descartar a mudança para o PSD.

Influência tucana. Quem se aproveitou da declaração foi o prefeito Gilberto Kassab, que havia desembarcado em Florianópolis para participar da reunião do grupo de Colombo realizada domingo à noite, na casa do presidente da Assembleia Legislativa, Gelson Merísio. O prefeito paulista usou as palavras de Alckmin para convencer o grupo de que não havia outro caminho para a sobrevivência de todos fora do PSD.

"Vamos parar de ser subsidiários do PSDB e tocaremos nosso projeto com parcerias que possam nos fortalecer no futuro. O DEM, com o atrelamento único e exclusivo ao PSDB, acabou virando filial dos tucanos", disse o deputado e secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Paulo Bornhausen (DEM-SC), animado com a mudança.

Ao final, os parlamentares presentes ao encontro marcado para analisar o quadro político local e nacional avaliaram que a fala do governador paulista teve peso no contexto. "Foi o que faltava para sacramentar rapidamente a decisão de mudar de partido", avalia um dos participantes da reunião.

Como a saída de Raimundo Colombo era vista pela direção do próprio DEM como uma espécie de golpe final que inviabilizaria a sobrevivência do partido, dirigentes nacionais do DEM ainda tentaram uma operação de última hora para segurar o governador. Sem a alternativa da fusão, no entanto, não tiveram força para demovê-lo da ideia.

Novo rumo. Em nota oficial, o governador catarinense afirmou que "a sociedade nos mostra a necessidade de um novo caminho" e registra as dificuldades de sensibilização da cúpula partidária em relação a uma mudança de rumo no DEM.

O governador argumentou ainda que a falta de uma resposta levou os correligionários do DEM em Santa Catarina a "formar forte convicção da necessidade de se construir um novo partido político no Brasil".

O próximo passo, ainda segundo a nota oficial divulgada por Colombo, será de contato com as bases sobre os motivos da decisão tomada na noite do último domingo.Informações Estadão

12 Comentários:

Ary disse...

Uma raça só acaba quando não há mais elementos para perpetuá-la ou reproduzí-la. No caso, boa parte da raça irá se multiplicar na base aliada no governo Dilma. Vão "casar", ter filhos e batalhar por "empregos". Logo, logo, muitos dos demonizados estarão sendo tratados com certa deferência.

Djijo disse...

Surge mais um partido mas continua sendo o centro das decisões num estado (SP) onde ainda há dificuldades de olharem para o Brasil como um todo. Não vai prestar, assim como o psdb.

bLOgDoRiLdO disse...

Isso quer dizer: o que um dia foi Arena, no outro foi PFL, no outro foi DEM, será, a partir de agora PSD?

Entendi.

elchevive disse...

Olá,

Apenas uma correção o dep. Kennedy Alencar é do PP e não do PT como no texto.

abraços,

Luiz

josé lopes disse...

E agora Bonrhausen? Você não queria acabar com a nossa raça? Castigo veio à cavalo.

Anônimo disse...

Kennedy Nunes é do PP

Alexandre Lima disse...

Kennedy Nunes não é do PP?

MARCOS BICALHO disse...

O Aético está sem rumo até hoje? Que bebida foi essa? Ou ele nunca teve rumo?

Carlos S M Carvalho disse...

- Com certeza o que faltava pra sacramentar a mudança de partido, foi o dinheiro dos paulistas que Alkimim ofereceu aos Catarinenses.

BLOG DO IVANOVITCH 2 disse...

Graças a Deus; só falta a herança
maldita do PSDB.

SOCIOLOGIA NO LANCHE disse...

Há, há! é muito hilário!

Ines Ferreira disse...

É isso aí!
Quem falou que ia acabar com a raça do PT? O feitiço virou contra o feiticeiro. A agora a raça que vai acabar é a do DEM.
Nada como um dia após o outro e uma noite no meio.

Postar um comentário


Meus queridos e minhas queridas leitoras

Não publicamos comentários anônimos

Obrigada pela colaboração