Clique na imagem para aumentar
O delegado da polícia civil de São Paulo, Roberto Conde Guerra, foi surpreendido com sua demissão assinada no Diário Oficial pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB/SP).
Não se trata de retirá-lo de cargo de confiança, escolhido pela chefia, e rebaixá-lo de cargo. Se trata de demissão do serviço público, de eliminar um delegado concursado, para servir à população, dos quadros da polícia.
Qual foi o motivo? Ele roubou? Extorquiu? Desviou dinheiro? Se Locupletou? Não, não, não e não!
Ele foi demitido porque escreve o blog Flit Paralisante, gastando suas horas de descanso em casa com reflexões críticas para melhoria da polícia e da segurança pública.
O que torna mais absurda a situação, é que a nota publicada em seu blog que causou a demissão foi apenas repercussão de uma notícia que já havia sido veiculada no Jornal Nacional da TV Globo.
A reportagem da TV mostrou que o Departamento de Identificação e Registros (DIRD) comprava ternos para os policiais que eram obrigados a usar este traje, pelo valor de R$ 143,00 a unidade. Mas o responsável pela compra sacava a verba em dinheiro para pagar ao fornecedor, e cada policial que recebia o terno, assinava um recibo, contabilizando nas contas da secretaria de segurança como se a compra fosse de R$ 300 a unidade. Tudo indicava que a diferença era embolsada pelo responsável pela compra.
Pelo preço da loja, os 60 jogos de roupa que foram comprados sairiam por R$ 8.580,00. Pelo valor dos recibos, a despesa subiu para R$ 18 mil. Mais que o dobro.
Em vez do governo de Geraldo Alckmin apurar e demitir os corruptos que superfaturaram a compra, demitiu o delegado Conde Guerra, que apenas republicou a notícia da corrupção em seu blog.
Em vez de ser puxa-saco do governador e das chefias da secretaria de segurança, Conde Guerra exerce o sagrado direito constitucional de liberdade de expressão, ou seja, de emitir suas opiniões críticas e compartilhar informações sobre as mazelas e corrupção dentro da polícia de São Paulo, e também sobre a perseguição e descaso com os verdadeiros policiais cumpridores do dever de servir à população com honestidade.
Mais do que o direito à liberdade de expressão, ele exerce o dever de um bom servidor público, expresso no Decreto nº 1171/1994:
VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma Nação.
Ele deve recorrer à Justiça e conseguir a reintegração, já que nada justifica essa demissão arbitrária, por pura perseguição.
Ao punir e silenciar quem luta contra a corrupção, em vez de levar os corruptos à punição, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) dá mais um passo para tornar São Paulo um estado onde crime e a corrupção compensa mais do que na Chicago nos tempos em que Al Capone reinava.
13 Comentários:
Da mesma maneira demitiram o Protógenes, e tranferiram o diretor da Polícia para Portugal. A corrupção esta tão arraigada no Estado que a nossa mafia ainda tem muito poder.
Pois é, tristemente o Weyll está corretíssimo!
Pois é o PT tem que olhar o proprio rabo, afinal é governo, segundo pha e o digno juis De Sanctis tem um projeto polemico em cima da mesa da Dilma, vamos ver o que ela decide.
O Alckmin aprendeu com o Serra.
Quando um jornalista denunciava uma falcatrua, ao invés de acabar com a dita cuja o Serra mandava demitir o jornalista.
É o caso do cara que quando descobre que é corno, vende o sofá da sala...
enquanto isso, o cunhado-ladrão do governador, deve continuar por ai roubando muito, pois na familia, como já foi provado, é praxe...está na hora de comecar, o processo de impedimento desse "governador"
reinaldo carletti
Weyll
Não tem relação nenhuma um caso com outro.
O delegado Ricardo Saadi, que substituiu Protógenes, fez um trabalho irretocável, atestado pelo procurador De Grandis, e que permitiu ao Juiz De Sanctis levar à segunda condenação de Dantas. Ninguém abafou nada na PF.
Paulo Lacerda foi para Portugal por decisão própria. Ele não saiu da ABIN criticando o governo. A gente não sabe tudo o que aconteceu, até porque ele próprio não diz, mas fica claro que ele próprio sabe o que fez e preferiu tomar esse caminho. Não estou dizendo que ele tenha feito algo necessariamente errado, pode ser apenas não ter conseguido contornar crises e perder o controle sobre os rumos da ABIN.
O Protógenes tem suas qualidades indiscutíveis, mas falhou quando vazou para a Globo e não foi leal à PF (não é ser leal ao chefe, mas precisa ser leal à instituição policial e seus estatutos). Teve insubordinação também (ele estava prestigiado, tanto que estava no comando da Satiagraha no dia da operação, mas abandonou o posto de comando no início da operação, contrariando todas as normas da PF, por alguns instantes, e a Globo chegou antes da PF na casa de Nahas, entre outras coisas). Além disso, ele transformou seu trabalho em duelo interno na PF. Fez denúncias graves contra gente da PF que não provou. Tanto ele, como quem ele acusou foram investigados pelo Ministério Público, que é o controle externo da PF, e só encontraram irregularidades no trabalho dele, como o vazamento para a Globo e tentativa de esconder a participação da Globo nas gravações. Ele não era funcionário da Globo, era servidor da PF.
Ele não foi afastado por fazer críticas em blog, nem por repetir notícias contra a PF, foi afastado pelo conjunto de motivos acima.
Acho que Protógenes sempre teve ambição política e agora está no lugar certo. Na PF estava no lugar errado. Lá deve-se produzir provas para a justiça ter como condenar criminosos, e não material para a mídia. Não é saudável a PF ficar contaminada por disputas políticas de policiais contra policiais. O Congresso é o lugar certo para disputas políticas.
No final, os palhaços, faz tempo que comprei meu nariz vermelho, pagam a indenização pela besteira do Geraldo.
Ele que pague a indenização que certamente será devida ao Delegado.
Dr.Guerra,
Luta por uma polícia séria, comprometida com a sociedade, de mãos limpas,e sofre agora essa "demissão",por ter reportado em seu blog uma matéria editada pela rede Globo, no Jornal Nacional,o delegado envolvido deu uma entrevista , mas curiosamente o vídeo da entrevista desapareceu, se alguém possuir uma cópia favor remeter para o e-mail disponível no blog Jornal Flitparalisante.
São Paulo está se calando,não permitindo a liberdade de expressão, e os Srs. do Governo federal fingem que não vêem,pedimos ajuda.
SOLUÇÃO PRA ISSO??
#LulaGovSP Temos 3 anos para convencer o grande Lula a acabar com dinastia tukana em SP
https://twitter.com/Lula_Gov_de_SP
Esse delegado, Dr. Roberto Conde Guerra, é perseguido desde 2007, quando denunciou um esquema de corrupção de máquinas caça-níqueis na Baixada Santista.
Em SP o Estado pode tudo, como despir funcionários públicos a força, tem ocorrido casos de suicídios entre policiais, muita corrupção como foi mostrado na operação cartas marcadas, que foi desencadeada pela PRF, porquê a corregedoria da policia civil não foi acionada ? a situação da segurança não anda nada boa aqui em sp.
ESSE DELEGADO É UM INJUSTIÇADO, ELE É MAIS UMA VÍTIMA DA PERSEGUIÇÃO QUE O GOVERNO DO PSDB FAZ CONTRA A POLÍCIA CIVIL DE SÃO PAULO.
Eu tenho vergonha de seu paulista, e ver meus irmãos elegendo em primeiro turno esse bando de corruptos do PSDB. O PCC, meus amigos, é dono de São Paulo.
Postar um comentário
Meus queridos e minhas queridas leitoras
Não publicamos comentários anônimos
Obrigada pela colaboração