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domingo, 20 de fevereiro de 2011

Artigo de Dilma escrito para a Folha, acaba sendo desconcertante para o jornalão

O jornal Folha de São Paulo comemora 90 anos de demo-tucanismo, e resolveu pedir à presidenta Dilma um artigo.

Dilma atendeu com cordialidade, mas o artigo é escrito com uma inteligência ferina que, ainda que não tenha sido intencional, tem trechos desconcertantes para os donos e colunistas demo-tucanos do jornal.

O artigo fala sobre o Brasil do passado, do presente e do futuro, com foco na sociedade do conhecimento e do respeito ao meio-ambiente. Não menciona o jornalão da ditabranda (nem elogia, nem critica diretamente), mas, de forma elegante, tem trechos que caem como uma luva sobre a atuação da Folha nos 90 anos de existência, como jornal da "elite pensante" do Brasil demo-tucano arcaico, injusto, excludente e da ditabranda.

De quebra fala sobre democratização do conhecimento (o que pressupõe democratização dos meios de comunicação), e que o grande "formador do cidadão" é o educador (que ensina o cidadão a formar opinião por si mesmo, e não os colunistas do PIG).

Segue a íntegra do artigo da nossa Presidenta (com os destaques em negrito nossos):

País do conhecimento, potência ambiental
por DILMA ROUSSEFF

Hoje, já não parece uma meta tão distante o Brasil se tornar país economicamente rico e socialmente justo, mas há grandes desafios pela frente, como educação de qualidade
Há 90 anos, o Brasil era um país oligárquico, em que a questão social não tinha qualquer relevância aos olhos do poder público, que a tratava como questão de polícia.

O país vivia à sombra da herança histórica da escravidão, do preconceito contra a mulher e da exclusão social, o que limitou, por muitas décadas, seu pleno desenvolvimento.

Mesmo quando os grandes planos de desenvolvimento foram desenhados, a questão social continuou como apêndice e a educação não conquistou lugar estratégico. Avançamos apenas nas décadas recentes, quando a sociedade decidiu firmar o social como prioridade.

Contudo, o Brasil ainda é um país contraditório. Persistem graves disparidades regionais e de renda. Setores pouco desenvolvidos coexistem com atividades econômicas caracterizadas por enorme sofisticação tecnológica. Mas os ganhos econômicos e sociais dos últimos anos estão permitindo uma renovada confiança no futuro.

Enorme janela de oportunidade se abre para o Brasil. Já não parece uma meta tão distante tornar-se um país economicamente rico e socialmente justo. Mas existem ainda gigantescos desafios pela frente. E o principal, na sociedade moderna, é o desafio da educação de qualidade, da democratização do conhecimento e do desenvolvimento com respeito ao meio ambiente.

Ao longo do século 21, todas as formas de distribuição do conhecimento serão ainda mais complexas e rápidas do que hoje.

Como a tecnologia irá modificar o espaço físico das escolas? Quais serão as ferramentas à disposição dos estudantes? Como será a relação professor-aluno? São questões sem respostas claras.

Tenho certeza, no entanto, de que a figura-chave será a do educador, o formador do cidadão da era do conhecimento.

Priorizar a educação implica consolidar valores universais de democracia, de liberdade e de tolerância, garantindo oportunidade para todos. Trata-se de uma construção social, de um pacto pelo futuro, em que o conhecimento é e será o fator decisivo.

Existe uma relação direta entre a capacidade de uma sociedade processar informações complexas e sua capacidade de produzir inovação e gerar riqueza, qualificando sua relação com as demais nações.

No presente e no futuro, a geração de riqueza não poderá ser pautada pela visão de curto prazo e pelo consumo desenfreado dos recursos naturais. O uso inteligente da água e das terras agriculturáveis, o respeito ao meio ambiente e o investimento em fontes de energia renováveis devem ser condições intrínsecas do nosso crescimento econômico. O desenvolvimento sustentável será um diferencial na relação do Brasil com o mundo.

Noventa anos atrás, erramos como governantes e falhamos como nação.

Estamos fazendo as escolhas certas: o Brasil combina a redução efetiva das desigualdades sociais com sua inserção como uma potência ambiental, econômica e cultural. Um país capaz de escolher seu rumo e de construir seu futuro com o esforço e o talento de todos os seus cidadãos.

14 Comentários:

Unknown disse...

Sem dúvida, messes 90 anos, a Folha foi um jornal a serviço do Brasil, fornecendo seus veículos para a Operação Bandeirantes !!

Yacov disse...

"Noventa anos atrás, erramos como governantes e falhamos como nação.
Estamos fazendo as escolhas certas: o Brasil combina a redução efetiva das desigualdades sociais com sua inserção como uma potência ambiental, econômica e cultural..."

Paulada, DILMA!!!!! Tenhocerteza que seremos um farol de paz, prosperidade e sustentabilidade para o mundo. Dessa vez, não erraremos,PRESIDENTA. Apesar da torcida contra de muitos. VIVA O BRASIL!!!

"O BRASIL PARA TODOS não passa - O que passa na glOBo é um braZil par TOLOS"

ANTONIO CARLOS disse...

Dilma cada vez surprerende mais!!
hiperinteligente a nossa Presidenta!!!DALHES DILMA*

Helena disse...

Se existe algum "colonista" do PIG que ainda subestima a inteligência da nossa presidente, esse artigo certamente os deixou atordoados. Eles não sabem com quem estão lidando.

Anônimo disse...

Hoje Dilma vai bajular a Folha de São Paulo.

Não foi pra isso que eu votei nela.

Que vergonha !!!!!!!!!!!!!!

LULA 2014.

Anônimo disse...

Este comentário não é em relação á carta que a presidenta Dilma escreveu á Folha, mas a sua presença no aniversário dessa mesma Folha, aquele pasquim que publicou a Ficha Falsa.
Lula abandonou um jantar nessa mesmo jornal, qdo o idiota que administra a folha hoje, tentou humilhá-lo.
A Dilma é humilhada por esses crápulas e ainda vai ser presença na festa.
Tenha santa paciência, aprenda um pouco com o metalúrgico, que diz com o peito cheio que não almoçou ou jantou com esses clolonistas e editores.
Espero que isso não se concretize e se acontecer, milhares igual a mim estarão indignados.
Fernando Ferreira

Anônimo disse...

Fernando Ferreira, a nossa Presidenta Dilma está a anos-luz destes crápulas, ela vai humilhá-los dentro de sua própria casa, com maestria, haja vista o seu artigo.
Eles estão com uma bomba relógio nas mãos.

Silvio - Sampa disse...

O comentário sobre as palavras do Sr Fernando Ferreira é meu, saiu como anônimo.

Claudionor disse...

Há 90 anos atrás, não tínhamos ditadura militar, PT, PSBD, DEM, não existia nem ao menos o Lula, o FHC, a Dilma, portanto a FOLHA não completa 90 anos de demo-tucanismo...

Achei interessante como os próprios petistas desmoralizam a tese de que a Folha é Golpisa. Nesta segunda-feira, esteve presente na festa do jornal ninguém menos que José Dirceu. Ora, o mensalão foi detonado através de entrevista publicada pelo jornal mais lido pelos petistas.

Ary disse...

Tentar ver no meloso artigo algo de desconcertante para o PiG é forçar por demais a barra. A Folha publicou um ficha falsa da canditada Dilma. Justificou assim: "Na impossibilidade de comprovar a falsidade, publicamos". Não dá para preferir "esse tipo de barulho". PH vai gritar solito por uma Lei de Medyos.

Ary disse...

Tentar ver no meloso artigo algo de desconcertante para o PiG é forçar por demais a barra. A Folha publicou um ficha falsa da canditada Dilma. Justificou assim: "Na impossibilidade de comprovar a falsidade, publicamos". Não dá para preferir "esse tipo de barulho". PH vai gritar solito por uma Lei de Medyos.

Anônimo disse...

Salvadores da pátria e vendedores da pátria, nunca mais.
Eu quero Dilma em 2014 e Lula em 2018.


Edu-SP

alberto disse...

Saiu na Folha, as palavras “afetuosas” da ex-torturada Dilma:

HOMENAGEM

A presidente afirmou que Octavio Frias de Oliveira (1912-2007), publisher da Folha, é referência para toda a imprensa nacional.

“Ele foi um exemplo de jornalismo dinâmico e inovador. Trabalhador desde os 14 anos de idade, ele transformou a Folha de S.Paulo em um dos jornais mais importantes do país e foi responsável por revolucionar a forma de fazer jornalismo no nosso Brasil.”

Ela lembrou que o jornal ocupou um papel “decisivo em momentos marcantes da nossa história, como foi o caso das Diretas Já”.

A coisa está feia, que vergonha!

augustus disse...

Ela disse: "que a folha ocupou um papel decisivo em momentos marcantes da nossa história". Já tenho dúvidas que a folha tenha emprestado as C-14 para transportar presos políticos. A dilma num ato de incensatez, jogou fora a esperança de muitos brasileiros.

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