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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Obras do PAC na região do Nordeste já somam mais de R$ 6 bi

O Nordeste, cuja taxa de crescimento supera a média registrada pelo país, pode ser definido sem exagero como um "grande canteiro de obras". Algumas das principais intervenções incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em rodovias, aeroportos, portos e na área de saneamento básico somam mais de R$ 6 bilhões em investimentos na região.

Uma das obras mais importantes é a duplicação da BR 101 Nordeste, principal ligação da região com o Sul e o Sudeste. Avaliada em R$ 4,75 bilhões, a duplicação deveria ter ocorrido há 30 anos, segundo Gustavo Maia Gomes, economista da consultoria Datamétrica, de Recife. Estima-se que o fim dos gargalos na estrada vai reduzir o tempo de viagem dos caminhões em mais de 40%, diminuindo, assim, os custos logísticos de vários setores. "Também vai incrementar o turismo", acredita Gomes.

De acordo com dados do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), do Ministério dos Transportes, a primeira fase da duplicação da BR-101 Nordeste deverá ser concluída no final do ano. Ela envolve também a restauração de 398,9 quilômetros de Natal, no Rio Grande do Norte a Palmares, em Pernambuco, passando pela Paraíba. O investimento é de R$ 2,45 bilhões. A segunda fase, cuja conclusão está prevista para 2012, teve início em agosto passado. Abrange a duplicação e restauração de 649,2 quilômetros de Pernambuco à Bahia, passando por Alagoas e Sergipe e vai exigir outros R$ 2,3 bilhões.

Além de estradas, o Nordeste está ganhando um "banho de loja" na área de saneamento, uma das mais carentes da região. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2009, feita pelo IBGE, indicam que somente 33,8% da população do Nordeste (o equivalente a 5,2 milhões de domicílios) é atendida pelo serviço de rede coletora ou por fossa séptica. "Para o setor de saneamento, a proposta do PAC de manter recursos no longo prazo é fundamental", observa o presidente executivo do Instituto Trata Brasil, Édison Carlos.

Segundo a Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades, estão destinados cerca de R$ 7,7 bilhões do PAC 1 e outros R$ 2 bilhões do PAC 2 para o setor. Das obras do PAC 1, R$ 7,3 bilhões foram efetivamente contratados. Entre as maiores obras estão a ampliação do sistema de esgotamento sanitário para o emissário submarino de Salvador e da região metropolitana. Avaliada em R$ 260 milhões, já tem 98% concluídos e vai beneficiar cerca de 1,1 milhão de pessoas.

Outra intervenção destacada pela Secretaria é a dragagem do Rio Cocó em Fortaleza, favorecendo 88,8 mil famílias. Ainda está em fase preparatória e serão aplicados R$ 220 milhões. Da lista de projetos selecionados do PAC 2, alguns destaques são o saneamento integrado na Bacia do Rio Camaçari, na Bahia, a ampliação do sistema de esgotamento sanitário em Fortaleza e a expansão do sistema de abastecimento de água de Maceió.

Para Édison Carlos, do Trata Brasil, a falta de projetos estruturados e adequados tecnicamente à realidade e necessidade do município é o principal fator de atraso das obras. O secretário nacional de saneamento, Leodegar Tiscoski, está atento à situação, que ocorre principalmente em localidades mais carentes. "A falta de projetos de qualidade foi diagnosticada pelo Ministério antes mesmo do PAC. Por isso, uma das ações do programa foi o apoio à elaboração de projetos de engenharia, em municípios com situação financeira crítica", diz Tiscoski.

Enquanto se retiram os entraves às obras de saneamento, a Infraero corre para modernizar e ampliar aeroportos de cidades-sede da Copa de 2014 no Nordeste. Os aeroportos de Fortaleza, Natal, Recife e Salvador estão recebendo cerca de R$ 558 milhões para reformas e construção de novos equipamentos até 2013. As obras no aeroporto de Salvador aguardam a finalização dos editais para contratação e término em. 2013. No Rio Grande do Norte, as obras do novo aeroporto de São Gonçalo do Amarante, próximo a Natal, dependem de convênio com o Exército.Valor

1 Comentários:

Morais disse...

Realmente o nordeste mudou e melhorou muito, acabou aquela época do FHC que durante a seca criava umas tais frente de trabalho e pagava uma micharia para alguns não morrerem de fome.
Agora há empregos, dinheiro e alimentação para o povo, não se vê mais retirantes em pau-se-arara indo para São Paulo, pois na verdade alguns nordestino estão é deixando São Paulo e voltado para o nordeste.

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