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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Quando o crime compensa. Salvatore Cacciola ganha o direito de sair da prisão para passear

O ex-banqueiro e ex genro do deputado e ex vice de José Serra, o Indio da Costa do DEM, Salvatore Alberto Cacciola obteve regime semiaberto, ou seja, ele continua preso, mas pode sair para visitar periodicamente sua casa, passear, ir a praia ou trabalhar fora do presídio onde cumpre pena.Em setembro passado, o Ministério Público do Rio tinha se manifestado contra a concessão do benefício a Cacciola.

Mas o advogado de Cacciola, Manuel de Jesus Soares, é taxativo ao afirmar que seu cliente ainda não pode se beneficiar da decisão. Isso porque pesa contra o ex-banqueiro um mandado de prisão preventiva ainda sem julgamento pelo Tribunal Regional Federal.

"Não vai trazer benefício nenhum. (...) Ainda temos problemas a resolver", afirmou o advogado, que entrou na última segunda-feira com um pedido de habeas-corpus para derrubar o mandado expedido pela 2.ª Vara Federal.

Esta semana, a Justiça já havia suspendido outro mandado de prisão preventiva contra Cacciola, que havia sido expedido pela 5.ª Vara Federal, onde o ex-banqueiro responde a processo por gestão temerária de instituição financeira.

Condenação.

Dono do Banco Marka, Cacciola foi condenado em 2005 a 13 anos de prisão pela prática de crimes contra o sistema financeiro. De acordo com o processo, ele teria coordenado uma operação de socorro irregular do Banco Central que teria provocado um prejuízo de R$1,5 bilhão aos cofres públicos.

Preso preventivamente em 2000, Cacciola se beneficiou de um habeas corpus para ir para a Itália, onde tem cidadania, e de onde não voltou mais, mesmo tendo a prisão decretada novamente. Em 2008, viajou para o Principado de Mônaco para assistir a um campeonato de tênis, onde foi preso novamente e extraditado para o Brasil. Desde então, cumpre pena no presídio Pedrolino Werling de Oliveira, conhecido como Bangu 8, no Rio.

Além da reclusão por 13 anos, pela quebra do Banco Marka, o ex-banqueiro responde por mais dois processos (2.ª e 5.ª Varas), que estão suspensos. Na época, o Principado de Mônaco só autorizou a extradição de Cacciola com base no processo da 6.ª Vara Federal, onde já havia uma condenação por 13 anos.

Regime Semiaberto.

Em nota, a juíza Roberta Barrouin Carvalho de Souza, da Vara de Execuções Penais do Rio (VEP), explicou que concedeu o benefício de progressão para o regime semiaberto porque o ex-banqueiro já cumpriu um sexto da pena em 7 de outubro de 2009 e não cometeu nenhuma falta de natureza grave no último ano.

6 Comentários:

Tovar Nogueira Fonseca disse...

Mas não ele que fugiu do país? Foge e quando é preso, volta ao regime semi-aberto?

Vera é Dilma disse...

Essa é uma notícia revoltante!!! Por que a polícia federal gastou tanto tempo e dinheiro no pedido de extradição e pra ir buscar o safado do Cacciola em Mônaco, se era pra inJustiça brasileira soltá-lo? Será que pelo menos ele devolveu o milhão que roubou do povo brasileiro???

Anônimo disse...

Quer dizer que o cara é condenado, depois foge e ainda ganha privilégios de poder cumprir pena em regine semi aberto? E a isso dão o nome de JUSTIÇA e seus representantes são JUIZES? Fala sério...!

Rogeiro disse...

Quer dizer que o cara é condenado, depois foge e ainda ganha privilégios de poder cumprir pena em regine semi aberto? E a isso dão o nome de JUSTIÇA e seus representantes são JUIZES? Fala sério...!

Mario Santanna disse...

Tem que ser aberta a "caixa preta: da justica brasileira.Nao e possivel que juizes e juizas continuem a beneficiar criminosos sem que algum tipo de lucro eles estejam auferindo.E vergonhoso o mercado de sentencas que aflige a nossa justica.Quem paga mais pode mais e o lema da classe causidica julgadora.Tem promotores ao servico do crime tambem e desembargadores idem.

Anônimo disse...

O ex-banqueiro, Salvatore Cacciola foi visto com o advogado Luiz Felipe Mallmann de Magalhães no restaurante vermelho grill, em Porto Alegre, na data de dezembro de 2011.
Assim, ele está solto.

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