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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Oposição quer briga com Dilma

Bastou a presidente Dilma Rousseff, fazer seu primeiro pronunciamento no Palácio do Planalto incorporando a função de chefe de Estado para que a oposição, até então silenciada pelo resultado das urnas, mostrasse o tom da resistência que Dilma encontrará no próximo ano. Integrantes do PSDB e do DEM na Câmara e no Senado rebateram a afirmação de Dilma sobre suposta movimentação dos governadores para a recriação de imposto semelhante à Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).

O líder do DEM na Câmara, Paulo Bornhausen (SC), e o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) conclamaram os governadores eleitos por partidos da oposição a se manifestarem contra a afirmação de Dilma, em um movimento "xô, CPMF". "Dilma nem assumiu e já usa o subterfúgio de dizer que os governadores estão se movimentando", criticou Bornhausen.

Durante a discussão do relatório de receita do Orçamento 2011, o deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), responsável pela indicação do montante de arrecadação do próximo ano, evitou misturar o debate do roteiro de gastos da União com o embate político, mas atacou a criação do novo imposto. "A carga tributária é muito alta. Jamais vamos falar sobre imposto novo, nova tributação", afirmou Araújo.

O discurso da presidente eleita antecipou o debate previsto para o próximo ano. Para estancar as articulações com vistas à criação de um novo tributo para custear investimentos em saúde, a oposição se mobiliza em uma contraofensiva para colar em Dilma uma imagem negativa, de defensora da ampliação de impostos.

Bandeira

Pela segunda vez no mesmo ano legislativo, a oposição usa os debates do reajuste do salário mínimo como arma contra o governo. Dilma prometeu que até 2012 o valor do salário atingiria a casa dos R$ 600, marco usado como bandeira de campanha para 2010 pelo seu adversário José Serra (PSDB).

Os oposicionistas decidiram abraçar o salário mínimo de R$ 600 nas discussões sobre o reajuste indicado no Projeto de Lei do Orçamento como forma de deixar a marca de Serra já nos primeiros meses de transição da presidente eleita. "Vamos lutar para ter o salário de R$ 600", afirmou Bornhausen.O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), integrante da comissão do Orçamento, afirmou que o partido seguirá "o desejo de seu presidente" para definir o valor do mínimo no primeiro ano do governo Dilma.

"O salário nós defendemos, mas aumento da tributação não há apoio nosso. Temos é que diminuir gastos", pontua Flexa Ribeiro. O temor do governo no momento é que parlamentares da base apoiem o DEM e o PSDB na proposta de aumentar o mínimo. Hoje, as centrais sindicais debaterão o valor proposto pelo governo com o relator do orçamento, senador Gim Argello (PTBDF). O parlamentar deve acenar com salário de R$ 550, mas o pleito das centrais é de um mínimo de R$ 580, valor que se aproxima da proposta da oposição.

"A carga tributária é muito alta. Jamais vamos falar sobre imposto novo, nova tributação"

Bruno Araújo, deputado federal (PSDB-PE)

Os críticos "dos sonhos"

A declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que criticou o comportamento "raivoso" do DEM e do PSDB durante seus oito anos de mandato (veja mais na página 5), também mereceu ironias da oposição. Líderes das siglas que fizeram resistência ao governo do PT reagiram à declaração de Lula dizendo que o presidente teve "a oposição dos sonhos" e que Fernando Henrique Cardoso sofreu muito mais na mão do PT. "A oposição que o Lula teve é a que todo presidente pede a Deus. Foi uma oposição generosa, responsável e construtiva. Raramente atuou com veemência", afirmou o senador Álvaro Dias (PSDB-PR).

No exercício de autocrítica, a oposição destaca que Lula só teve dor de cabeça quando o Senado derrubou a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). O senador Demostenes Torres (DEM-GO) afirmou que a presidente eleita terá o mesmo tratamento "respeitoso" que a oposição dedicou a Lula.

Já o senador Heráclito Fortes (DEM-PI), que atribuiu sua derrota nas urnas ao empenho pessoal do presidente, reclamou que a oposição é que foi agredida. "Acho engraçado o presidente Lula falar em oposição raivosa. Ele é quem vai aos estados e agride as pessoas gratuitamente. O presidente é ingrato.Quando ele teve problemas por conta do mensalão, fez apelo para garantir a governabilidade e atendemos. Vamos aguardar a Dilma, vamos deixá-la governar", afirmou Heráclito.

9 Comentários:

Anônimo disse...

lia vinhas disse:

Quanta hipocrisia dessa oposição direitista! Os mesmo que na trste era FHC aprovaram a criação da CPMF supostamente para a saúde e, junto com o cacique mor fizeram a festa com a dinheirama arrecadada, hoje se dizem contra o imposto. Isso por três motivos: não querem o novo governo com verbas para a Saúde, não querem dar um centavo para beneficiar o povo, já que eles não usam a saúde pública e, sobretudo, querem continuar sonegando a vontade.
que o imposto, se realmente houver a intenção de recriálo, seja bem explicado a populaão, para que ela entenda que a esmagadora maioria não paga o mesmo e que o aprovem por decreto se a oposição se recusar a aprová-lo.

Ruy Acquaviva disse...

Eles não aprenderam nada mesmo.
Não percebem que os mais raivosos e intransigentes opositores simplesmente foram defenestrados pelo eleitorado?
Estão cultivando desde já uma derrota muito maior em 2014.

Reginaldo disse...

Eu sou a favor da criação da CPMF. Sobre os encargos da folha de pagamento a parte do INSS claro deveria ser sobre o faturamento. A Dilma deveria criar o ministerio das micros e pequenas empresa e contar as verbas dos Sebrae eles que se virem sozinhos. Os Sebraes virou cabide de empregos.

Cornélius/Londrina disse...

Heráclito Fortes:"Vamos aguardar a Dilma, vamos deixá-la governar". Este fraquelo de votos ainda não acordou. Vc e o MãoSanta(?) perderam. Cai fora daí e vá gozar sua aposentadoria. Ahh...cuidado para não comer demais de tão ansioso, vc não pode mais engordar.

sonia disse...

Me perdoe mais quem perdeu a CPMF foi o próprio governo,se este imposto tivesse sido aplicado na sua totalidade na saúde sem ser desviado para outros fins tenho certeza que nem um louco tinha derrubado a CPMF,só no finalzinho do segundo tempo quando já não se tinha mais o que fazer é que apareceu gente do governo dizendo que o imposto seria totalmente destinado a saúde,não adianta tapar o sol com a peneira.E outra coisa imposto de renda descontado em folha de pagamento é outro absurdo pra quem ja ganha pouco,desde qundo salário é renda?salário é sobrevivência ,eu vejo aqui em casa o desconto que vem do sálario sem duvida nós poderíamos pagar um cursinho a mais pro meus filhos ,passear mais gastar com a família .Desde quando um salário de 1400.00 reais que é onde começa o ser descontado ´é um grande salário ainda mais se for uma casa com 4 pessoas que ainda paga aluguel.Hoje infelizmente a classe média é a que é mais penalizada com os impostos,espero que a ministra Dilma tenha sensibilidade ao assunto.

Yacov disse...

Como a PIGDEMOTUACANLHA é fanfarrona, meu!!! Eles passaram 8 anos batendo diariamente em LULA e agora posam de santinhos?!?!? Vão se catar seus dissimulados. E op FHC tinha marioir no congresso, a oposição do PT pouco pode fazer contr asuas maracutaias, suas privatrias e seus desmandos. NOssa direita é reaça e CARA-DE-PAU!!!

"O BRASIL PARA TODOS não passa na glOBo - O que passa na glOBo é um braZil para TOLOS"

Yacov disse...

Concordo 100% com a opinião da "LIA VINHAS", acima. A maioria da população não paga o imposto do cheque e se o $$$ for mesmo para a saúde, e não para o bolso da TUCANADA, como era na era das trevas de FDP, digo, FHC, qual é o problema??? Além do mais, o imposto ajuda a combater a sonegação... Ahhh... Começo a entender porque é que eles não querem a volta da CPMF. Que Fanfarrões!!!!

"O BRASIL PARA TODOS não passa na gLoBo - O que passa na gloBO é um braZil para TOLOS"

Victor disse...

Mas quando se fala em aumento de salário da prefeitura de SP, nem um piu esta porcaria de oposição dá...a turma do Zé é muito cara de pau.

SérgioFerraz disse...

De fato eles (PSDB/DEM/PPS) não aprenderam nada.
Se continuarem com mesmo tipo de oposição raivosa, vão perder, de novo, em 2014.

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