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sábado, 28 de agosto de 2010

Hospitais: Alckmin alardeia o que não fez

O candidato tucano ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin, começou a campanha alardeando que construiu 30 novos hospitais em São Paulo. É tão escandalosa a propaganda que ele foi obrigado a mudar o discurso e passou a anunciar “suas obras” de forma confusa e nebulosa. Em vez do “eu” criei, passou a dizer “nós” criamos e “reformamos” 30 hospitais. Ou seja, cobrado a se explicar, incluiu outras administrações tucanas para chegar a esse número e passou a misturar a construção com a reforma de hospitais já existentes.

Mas, mesmo assim o número apresentado por ele é mentiroso. Alckmin incluiu 19 hospitais em sua conta e de Mario Covas, e afirmou que Serra teria feito outros onze novos hospitais. Só que, como veremos adiante, além de Serra ter feito apenas dois hospitais e não onze, como disse Alckmin, na administração deste último efetivamente foi iniciado um hospital.

Dos 19 hospitais que entraram na conta do tucano, 16 foram iniciados no governo Quércia, que governou São Paulo de 1986 a 1990. E destes, onze foram concluídos na administração de Mário Covas e apenas cinco por seu sucessor. Dos que Alckmin completou, apenas o de Francisco Morato foi iniciado em seu governo. Como podemos ver, são números muito diferentes da propaganda tucana. Em suma, dos 30 alardeados, apenas um foi iniciado por Alckmin. É muita demagogia. Além disto, o tucano faz outros malabarismos. Conta como “novos hospitais” instituições já existentes que passam a receber recursos públicos. Este é o caso do Hospital filantrópico, Santa Isabel, em Taubaté. E mais, Alckmin ainda inclui em suas contas até o hospital Darci Vargas que era do antigo INAMPS e foi repassado pelo governo federal ao estado. O SindSaúde (Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo) denuncia que as peças publicitárias do PSDB aumentam a lista dos novos hospitais com instituições que foram apenas reformadas.

E dos outros onze hospitais que, segundo Alckmin, teriam sido construídos por Serra, apenas dois são realmente novos. Os demais são instituições filantrópicas que estabeleceram parceria com o Governo de São Paulo. De Serra mesmo, apenas dois hospitais poderiam ser chamados de novos: o Instituto do Câncer de São Paulo (Icesp) inaugurado em 2008 e o Centro de Reabilitação Lucy Montoro (de 2009). E mesmo assim é bom que se diga que o Icesp é apenas um deslocamento do setor de Oncologia que existia dentro do Hospital das Clínicas. O prédio, inclusive, que já existia desde o governo Quércia, só foi parcialmente ocupado.

A mesma estratégia é utilizada em relação ao número de Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) do Estado. A propaganda do PSDB fala em 40 unidades entregues à população, mas a maioria deles são adaptações de unidades de saúde que já funcionam. “Existem ambulatórios que foram reformulados, como as AMEs de Votuporanga e Marília. Eles só colocaram mais especialidades, reformularam as unidades e mudaram os nomes. É maquiagem!”, denuncia o diretor do SindSaúde, Angelo D’Agostini. Por Sérgio Cruz - Jornal Hora do Povo

7 Comentários:

Luis Rodrigues disse...

Alckmim foi péssimo aluno na faculdade de medicina, é o que disse o meu cardiologista, e olha que o professor, além de ser um médico excelente, é um homem mais para conservador. Agora imagina.

antonio carlos disse...

No magisterio paulista o chamamos de Pinoquio....pelo nariz que tem!! por sua cara de peroba ao falar. safadooooooooooooooooooooooooo*

antonio carlos disse...

No magisterio paulista o chamamos de Pinoquio....pelo nariz que tem!! por sua cara de peroba ao falar. safadooooooooooooooooooooooooo*

MARCO disse...

O Mercadante tem que mostrar a verdadeira cara do Alckimin o seu DNA de mentiroso enganador tão achando que ele fez 60 hospitais se ficarmos quietos logo aumentam pra 120 hospitais.

Dr. Valdetário disse...

Sou médico com pós-graduação em Cirurgia Geral há 15 anos, portanto recordo-me muito bem como era o SUS nos tempos em que o Serra foi Ministro da Saude. Naquela época nós cirurgiões não tínhamos sequer o direito de solicitar um laudo de AIH para cirurgias eletivas. O normal era o SUS está com as cirurgias eletivas suspensas. Dessa forma houve um grande acúmulo na demanda destes serviços. Por conta desta demanda reprimida o Serra inventou os tais "mutirões" de cirurgias: próstata; varizes, hérnias ...um verdadeiro absurdo! Muita gente morreu nas filas de espera. Alguns colegas até zombavam do Serra dizendo que ele acabaria por criar as campanhas das apendicites, dos ferimentos penetrantes do abdome e, quem sabe, até das CESARIANAS, ou seja, no momento seguinte o Serra criaria os "mutirões" das cirurgias de urgência e de emergência; cômico, se não fosse tão trágico!
Durante todo o governo Lula eu nunca solicitei uma AIH (Autorização para Internamento Hospitalar) para realizar cirurgias eletivas que não tenha sido liberada. Eu, como todos os médicos da minha cidade, jamais tivemos um pedido de cirurgia eletiva negado durante os governos do Presidente Lula. Para se ter uma ideia do compromisso do Lula, hoje a minha cidade recebe 3 vezes mais verbas federais da saude do que no governo FHC, mesmo sendo a nossa cidade, Crato CE, governada pelo PSDB, já descontando a inflação do período. Creio que isso tenha se repetido em todo o Brasil.
No governo do PT não temos necessidade de fazermos mutirões de cirurgias porque não existe demanda reprimida, pelo menos na nossa região.
Assim, quando o Serra vai para a TV se orgulhar dos "mutirões das cirurgias" ele está apenas demonstrando que não entende NADA de Saude. E quando ele afirma que no seu governo os "mutirões" voltarão ele está, subliminarmente, dizendo que as AIHs voltarão a ser negadas e que as demandas serão, para prejuizo do nosso povo mais pobre, novamente reprimidas, causando pânico entre os cirurgiões e em todos que entendem como deve funcionar um bom Sistema de Saude.

Dr. Valdetário disse...

Sou médico com pós-graduação em Cirurgia Geral há 15 anos, portanto recordo-me muito bem como era o SUS nos tempos em que o Serra foi Ministro da Saude. Naquela época nós cirurgiões não tínhamos sequer o direito de solicitar um laudo de AIH para cirurgias eletivas. O normal era o SUS está com as cirurgias eletivas suspensas. Dessa forma houve um grande acúmulo na demanda destes serviços. Por conta desta demanda reprimida o Serra inventou os tais "mutirões" de cirurgias: próstata; varizes, hérnias ...um verdadeiro absurdo! Muita gente morreu nas filas de espera. Alguns colegas até zombavam do Serra dizendo que ele acabaria por criar as campanhas das apendicites, dos ferimentos penetrantes do abdome e, quem sabe, até das CESARIANAS, ou seja, no momento seguinte o Serra criaria os "mutirões" das cirurgias de urgência e de emergência; cômico, se não fosse tão trágico!
Durante todo o governo Lula eu nunca solicitei uma AIH (Autorização para Internamento Hospitalar) para realizar cirurgias eletivas que não tenha sido liberada. Eu, como todos os médicos da minha cidade, jamais tivemos um pedido de cirurgia eletiva negado durante os governos do Presidente Lula. Para se ter uma ideia do compromisso do Lula, hoje a minha cidade recebe 3 vezes mais verbas federais da saude do que no governo FHC, mesmo sendo a nossa cidade, Crato CE, governada pelo PSDB, já descontando a inflação do período. Creio que isso tenha se repetido em todo o Brasil.
No governo do PT não temos necessidade de fazermos mutirões de cirurgias porque não existe demanda reprimida, pelo menos na nossa região.
Assim, quando o Serra vai para a TV se orgulhar dos "mutirões das cirurgias" ele está apenas demonstrando que não entende NADA de Saude. E quando ele afirma que no seu governo os "mutirões" voltarão ele está, subliminarmente, dizendo que as AIHs voltarão a ser negadas e que as demandas serão, para prejuizo do nosso povo mais pobre, novamente reprimidas, causando pânico entre os cirurgiões e em todos que entendem como deve funcionar um bom Sistema de Saude.

PAULO BOLA disse...

Gostaria apenas de frizar que em São Jose do Rio Preto o AME, tambem ja era um hospital e que apenas mudou seu nome para AME, não foi uma construção do governo do estado.

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