Presidente Lula na Tanzânia

O Presidente Lula falou em viagem à Tanzânia, sobre a escolha do deputado Índio da Costa (DEM-RJ) para vice na chapa do tucano, José Serra, que disputará as eleições presidenciais.

“Não conheço. Não conheço. Eu não sei se é demérito dele ou se é meu. O dado concreto é que eu nunca ouvi falar no nome dele”, disse. “Eu não sei se ele tem tanta virtude para ser escolhido a vice”, completou. “Mas o dado concreto é que acho que nem eu nem o Serra o conhecíamos”.

Na Tanzânia, um país de cerca de 44 milhões de habitantes e com mais de cem etnias africanas e asiáticas banhado pelo Oceano Índico, o Presidente foi recebido com batucada e domadores de serpentes inofensivas. A festa foi organizada pelo presidente Jakaya Kikwete no aeroporto da capital, Dar Es Salaam.

Um dos momentos mais descontraídos da recepção ocorreu quando Lula foi surpreendido por um dançarino que colocou a cobra dentro da própria calça, levando oPresidente a rir.

Na entrevista logo após a festa, Lula deixou claro que a campanha de Dilma Rousseff (PT) à Presidência priorizará os programas gratuitos da TV e do rádio, que começam em agosto. Ele observou que os meios de comunicação atingem a maioria absoluta dos eleitores.

"A campanha começa agora, mas a televisão só começa em agosto", disse. "É exatamente na televisão que a gente vai poder conversar com a totalidade dos eleitores brasileiros, seja através do rádio ou da TV."

Lula afirmou que pretende ir a comícios em horários após o expediente de trabalho, conversar com intelectuais, artistas, empresários e trabalhadores em portas de fábricas. Destacou, ainda, que vai aproveitar a possibilidade de participar das gravações para rádio e TV para pedir votos.

"Agora, vai ficar mais cômodo para um Presidente trabalhar e ajudar via televisão e via rádio", afirmou. "Posso gravar programas de rádio e programas de televisão, fazendo (campanha) para muito mais gente que participar de um comício, uma atividade pública."

Na conversa com jornalistas, Lula disse que a maior contribuição que dará a Dilma Rousseff é se "esforçar" nas atividades de governo.

Ele avaliou que a sua candidata à sucessão amadureceu e está tendo uma performance "extraordinária". "Há quatro meses, eu disse que, se a minha candidata tivesse dificuldades, eu faria um esforço maior. Não é o que está acontecendo", afirmou o presidente.

Lula ressaltou ainda que Dilma não precisará muito dele na campanha. "Qualquer entendedor de política sabe que ela está tendo uma performance acima da expectativa pelo tempo de campanha. Portanto, acho que ela vai precisar menos de mim."

Amanhã, o Presidente Lula  embarca para a Zâmbia, penúltima parada no seu giro pelo continente africano.