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domingo, 6 de junho de 2010

Presidente do PSDB no Paraná, Valdir Rossoni , amigo do José Serra, tem piloto de avião particular pago com dinheiro público

O deputado estadual Valdir Rossoni (PSDB), nomeou para o seu gabinete na Assembleia Legislativa (AL) do Estado o piloto que conduz seu avião particular. A aeronave pertence à empresa de Rossoni em Bituruna, a Indústria Comércio Madeiras e Compensados Rossoni, mas o piloto, Marcelo Venâncio Brito, foi nomeado para o cargo de assessor parlamentar, que é um cargo público de provimento em comissão.

Para Rossoni, não há irregularidade na nomeação. ”Eu não alugo meu avião. Daí sim seria pagar por serviços particulares um servidor público. Só eu uso o avião”, disse ele, acrescentando que Marcelo também trabalha como seu motorista. ”Ele é meu assessor em tudo que eu preciso. E eu o contratei com a autorização da Casa”, argumentou.

O próprio salário do piloto, segundo Rossoni, seria ”complementado” pela empresa do tucano. ”Ele fica à minha disposição, sem horário”, afirmou.
Cada um dos 54 deputados estaduais pode nomear até 23 pessoas em cargos comissionados, mas o papel do assessor parlamentar também tem limites.

A última lei aprovada pela AL para disciplinar as regras para a nomeação de comissionados foi sancionada no início da semana pelo Executivo e, basicamente, menciona apenas dois tipos de assessor parlamentar: aquele que trabalha no gabinete do parlamentar, na sede física, na AL portanto; e aquele que é conhecido como ”agente político”, que atua nas bases parlamentares e não precisa cumprir expediente em gabinete.

Mas, mesmo no caso do ”agente político”, a AL adotou algumas regras, na esteira de denúncias sobre servidores ”fantasmas”: o comissionado que não atua no gabinete deve exercer atividades de representação do parlamento junto à sociedade e deve apresentar, na internet, relatórios mensais sobre suas atividades.

Para Fabiano Angélico, coordenador de projetos da ONG Transparência Brasil, a nomeação de um assessor parlamentar para conduzir uma aeronave particular ”é uma despesa indevida ao erário”. ”Ele é pago por nós, mas não trabalha para nós. É um benefício para o parlamentar, que tem que ser pago do bolso dele. Acho que o Ministério Público tem que questionar se não há improbidade administrativa”, afirmou.

Para Angélico, a própria quantidade de cargos comissionados à disposição de parlamentares ”já é um absurdo”: ”É lógico que eles precisam de assessores, mas não tantos. Na França, os senadores têm cinco assessores parlamentares”. Angélico também é contra a figura do ”agente político”, denominada por ele de ”cabo eleitoral disfarçado”.Da Folha de Londrina

Caso semelhante gera inquérito no STF 

 Um caso semelhante ao do piloto de avião nomeado como assessor parlamentar do deputado estadual Valdir Rossoni (PSDB) gerou em março a abertura de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF). O deputado federal Pedro Henry Neto (PP), de Mato Grosso, nomeou seu piloto particular Christiano Furlan como assessor técnico, lotado na liderança do PP.

O procurador geral da República, Roberto Monteiro Gurgel Santos, fala em suposta prática de crime de peculato, daí seu pedido ao STF de abertura de um inquérito. Já o parlamentar do PP defende que o cargo de assessor técnico comporta o exercício da atividade de piloto de aeronave.

”Apesar de o rol de possíveis atribuições a serem cometidas ao assessor técnico ser amplo, não há dúvida acerca da incompatibilidade do exercício da função de piloto (…)”, diz trecho do argumento do procurador geral da República.

Para o ministro Dias Toffoli, do STF, que respondeu positivamente ao pedido de abertura do inquérito, os fatos ”demonstram a necessidade de aprofundamento das investigações perante esta Suprema Corte”.

3 Comentários:

Mauricio Santos disse...

Esse mesmo Valdir Rossoni é quem empregava um vereador de uma cidade do interior como assessor parlamentar em Curitiba. http://www.youtube.com/watch?v=TilQd386uv0
Terca tem protesto aqui em Curitiba!!!

Lea disse...

1ª PARTE*****
Vargas: Serra bate carteira e grita pega ladrão
6 de Junho de 2010 – 1h01

Vargas: Serra age como quem bate carteira e grita pega ladrão

no Terra Magazine,

O secretário nacional de comunicação do PT, deputado federal André Vargas (PR) rebateu os ataques à campanha da pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, e evocou o passado do ex-diretor de inteligência da Polícia Federal, Marcelo Itagiba, para vincular José Serra a uma tradição de dossiês contra adversários. “Serra se comporta como aquele que bate a carteira e sai gritando: pega ladrão!”, ironiza Vargas.

“Para falar desse pseudo-dossiê sobre as ligações da filha dele (Verônica) com Daniel Dantas, basta Serra procurar o Google. Está no Google! Não existe dossiê. Mas a verdade é que Serra tem tradição de dossiês, não o PT. Basta lembrar de Marcelo Itagiba. Corre por aí que ele também coordenava dossiês contra o PT. É só procurar as notas que saíam nos jornais.

Eleito pelo PMDB e filiado ao PSDB desde outubro de 2009, o deputado federal Marcelo Itagiba (RJ) desempenhou papel de investigador nos depoimentos sobre a Operação Satiagraha, na CPI dos Grampos. Mas ele próprio havia sido denunciado por arapongagem contra a então pré-candidata à Presidência da República, Roseana Sarney, atingida nas vísceras pela operação “Lunus”, em 2002.

Lea disse...

2ª PARTE/ CONTINUAÇÃO;

Em março daquele ano, a Polícia Federal encontrou R$ 1,34 milhão em dinheiro na empresa Lunus, de Roseana e Jorge Murad. Vinculou-se a grana a fraudes na Sudam (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia). A imagem das cédulas definhou a candidatura Roseana.

Na sequência da operação da PF, o senador José Sarney alardeou uma trama suja para favorecer a campanha de Serra – o que envolvia a montagem de um dossiê no Ministério da Saúde. O peemedebista teria alertado ao presidente Fernando Henrique Cardoso sobre o vaivém de agentes da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) no Maranhão, Piauí e Pará, para fuçar a vida de sua família.

Em 20 de março, Sarney realizou um dos mais duros discursos de sua vida parlamentar, em defesa da filha. Da tribuna, afirmou que “o Ministério da Saúde, em vez de tratar das epidemias, dá prioridade às coisas de inteligência e espionagem.”

Itagiba foi personagem reincidente no discurso de Sarney:

“A imprensa em quase sua totalidade publica que esse mesmo grupo está conectado para essas ações políticas na Polícia Federal e no Ministério Público citando o delegado Marcelo Itagiba, ex-chefe do Departamento de Inteligência da Polícia Federal, ex-chefe do grupo de inteligência que se formou no Ministério da Saúde e que é, atualmente, o superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro, e o Procurador José Roberto Santoro”.

Em nota pública, Serra reagiu aos ataques: “As insinuações que o senador Sarney fez a meu respeito foram todas, sem exceção, inconsistentes, irrelevantes e até mesmo alopradas.”

André Vargas, secretário de comunicação do PT, reaviva a história no dia em que José Serra acusa a oponente Dilma de ser a responsável política por um dossiê contra sua filha, Verônica Serra. “A principal responsabilidade por esse novo dossiê é da candidata Dilma Rousseff, disso eu não tenho dúvida”, declarou o tucano.

Procurado em seu gabinete, Itagiba não retornou os telefonemas para comentar as declarações do secretário petista. “Montaram dossiê contra Sarney, em 2002. E mais uma: Serra esquece que eles (do PSDB) fizeram um grampo ilegal no processo de privatização. (O ex-governador do Ceará) Tasso Jereissati também foi vítima de grampo”, complementa Vargas.

O deputado federal sustenta que, na campanha de Dilma, não há uma disputa interna entre o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel e o vice-presidente do PT, Rui Falcão. “Não existe. Pimentel está se dedicando a outro projeto, que é definir sua candidatura ao governo ou ao Senado em Minas Gerais. É difícil compatibilizar. E o Rui Falcão tem participado da campanha. Tentaram criar essa divisão. Agora, o coordenador é o (José Eduardo) Dutra. E estamos aguardando a definição do Pimentel”, relata.

Vargas defende que “a vida do candidato tem que ser pública”, numa campanha eleitoral. “Dossiê é conversa fiada. É procurar no Google”.

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