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domingo, 13 de junho de 2010

Convenção do PMDB fez o previsto: apoiou a coligação com Dilma

A convenção do PMDB, no sábado, foi realizada em clima calmo e de festa, diferente do que ocorreu em eleições anteriores.

A grande maioria votou e aprovou a coligação com o PT, o apoio à candidatura de Dilma Rousseff (PT) à presidência da República, e Michel Temmer (PMDB) para vice.

A coligação é importante porque nenhum partido tem hegemonia sobre o eleitorado no Brasil. Não dá para subir no salto alto e acreditar que é fácil vencer sozinho, e muito menos que é possível governar com apenas com minorias.

Não seria prudente desfazer a aliança que vem dando certo para a governabilidade, e depois ter que começar de novo da estaca zero, perdendo preciosos meses ou mesmo o primeiro ano de governo, em meio a refazer arranjos políticos pela governabilidade.

O PMDB é forte em estados e municípios, mostrou força nas eleições municipais de 2008, tem apoio de um eleitorado mais de centro e de direita que tira votos que iriam para demo-tucanos, e o apoio do PMDB traz, além de força eleitoral, equilíbrio institucional contra o golpismo.

Getúlio Vargas, no pós-guerra, teve como base de apoio dois grandes partidos: o antigo PTB e o PSD. O primeiro era das massas trabalhadoras urbanas. O segundo das oligarquias rurais. Esse arranjo político levou a criação da Petrobrás, do BNDES, da Vale, da CSN, da indústria automobilística, nos governos Vargas e JK.

Lula, contando com o apoio do PMDB no governo, conseguiu levar adiante o PAC, retomar o pré-sal para o povo brasileiro, gerar milhões de empregos, expandir a rede técnica e universitária de ensino, fazer o programa Minha Casa, Minha Vida, o Luz para todos, o programa Territórios da Cidadania, o programa Territórios da Paz, trazer a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 para o Brasil, e tantas outras conquistas.

Dilma, em seu discurso na convenção peemedebista lembrou da história de lutas do antigo MDB pela redemocratização, de líderes como Ulisses Guimarães, e fez uma veemente defesa da democracia, inclusive criticando os métodos facistas que ainda imperam na imprensa golpista brasileira:

"Nós vamos defendê-la [a democracia] com todo o coração dos seus inimigos, os que tentam fazer o Brasil andar para trás levando de roldão as conquistas sociais do nosso povo... Vamos defender a democracia também dos seus maiores inimigos: a mentira, a manipulação e a falsidade".

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