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sexta-feira, 14 de maio de 2010

País quer acelerar parceria com Brasil, diz deputado Italiano

O mundo mudou, os países emergentes viraram protagonistas e a Itália tem pressa em reforçar as relações como o Brasil, para tentar recuperar um papel que já foi maior na economia brasileira. Esse é o recado do vice-presidente da Câmara dos Deputados italiana, Maurizio Lupi, que esteve no Brasil esta semana.

Lupi visitou o Brasil à frente de uma missão de deputados italianos que participou da terceira reunião da comissão de colaboração parlamentar entre os dois países.

"Uma nova reflexão deve ser feita em termos de geopolítica e economia mundial. O quadro das relações entre os países mudou completamente nos últimos dez anos. Não é por acaso que o Brasil tem um papel completamente diferente hoje", disse Lupi. "Do G-8, um grupo de países desenvolvidos que podia decidir os destinos da economia mundial, passamos a uma economia mundial que tem de levar em conta os emergentes."

De olho nisso, a Itália fechou um acordo de parceria estratégica com o Brasil, assinado pelo Presidente Lula e o premiê italiano, Silvio Berlusconi, em Washington, em abril, após o adiamento da visita que Berlusconi faria ao Brasil em março.

A Itália perdeu posições no ranking dos maiores investidores no Brasil na última década. Questionado se o país havia descuidado dessa relação, Lupi respondeu indiretamente: "A Itália sempre teve papel de protagonista no Brasil, graças a nossos cidadãos que emigraram. Não perder esse papel é um desafio que temos pela frente."

A crise mundial e a ascensão da economia brasileira certamente ajudaram a dar um novo sentido de prioridade às relações bilaterais. "A crise mundial deu uma aceleração a mais a isso. O tema da economia hoje é encontrar novos mercados. Hoje temos os mercados asiáticos e o mercado dos países emergentes desta parte do mundo", afirmou Lupi, um dos políticos mais influentes do PDL, o partido de Berlusconi.

1 Comentários:

Jorge disse...

Oi Helena, como filho de imigrantes da Itália, me autorizo a fazer algunas comentários: será difícil para nós esquecermos a nossa relação com aquele pais, que enviou para as Américas, para se livrar de seus pobres, gente boa e trabalhadora, mas também da espécie representada pelo sr. Serra. Nós retratamos bem bem o dualismo que a Itália vive, agora bem destacada pelo crise que ronda aquela pátria: de um lado regiões não tão desenvolvidas e por outro, uma direita "paulista" que lá dita as normas do preconceito e separatismo (Liga Norte). Como dito, a crise econômica lá deverá agravar essa divisão (norte x sul), o que infelizmente lembrava muito nosso pais antes da Presidência do Sr. Lula, o Estadista, com a vergonha de um Sul desenvolvido e um Nordeste miserável em todos os sentidos (inclusive com os seus políticos). Tivemos que viver aqui com situações interessantes, pois o facismo também veio embarcado com muitos dos nossos pais e avós e que aqui também marcaram o preconceito dos ricos aos pobres, mesmo entre os descendentes (alguns que se tornaram proprietários de grandes glebas de terra, viraram intermediários da venda do café (e exportadores) e deixaram até os seus em um penúria de dependência dos seus preços. Mas graças da Deus, o Governo Lula incluiu o café connilon no preço mínimo, e com um trabalho de qualidade por parte de nossos pequenos agricultores, até esses intermediários irão se enquadrar..) Hoje, graças a Deus, essas famílias ricas estão diluidas pela miscigenação e com poder diminuido, mas ainda poderosas para influir na política de nosso Estado (Senadores Camada e Casagrande, este último, nosso virtugal governador, é claro, na aliança vitoriosa com a Presidente Dilma, além de outros na bancada da Câmara). Mas quero me referir a um fato interessante: nossa ajuda para a Itália sobreviver (e não virar outra Grécia) já começou a alguns meses, com o programa de plantio de pinhão, uma planta que fornecerá óleo para o biodiesel italiano. E interessante que será plantada por pequenos agricultores, e uma parte muito significativa deles, de descendentes de imigrantes italianos. Realmente, só o tempo mesmo para fazer justiça aos bravos que não se deixaram contaminar pelo ódio e atitudes facistas que infelizmente vemos em um certo candidato a presidência da República. Se o Serra fosse eleito, traria para nós uma vergonha sem medida, pois ele não representa, em nenhuma hipótese, a maioria do povo que veio para o Brasil, pessoas simples e esfomeadas, que fugiram de sistemas econômicos que não conseguiram inclui-los no desenvolvimento. Não viraremos São Paulo!

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