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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Desmatamento da Amazônia cai 72% em outubro e novembro de 2009

Dados de monitoramento por satélite do Deter (Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real) divulgados nesta terça-feira (2/2) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) indicam uma queda acumulada no desmatamento de 72% nos meses de outubro e novembro de 2009, em relação ao mesmo período do ano anterior.

As quedas sucessivas nas taxas de desmatamento levaram o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc a prever que o Brasil poderá apresentar uma redução em 2020 de mais de 95% na área desmatada em relação à década anterior batendo a meta do governo que é de 80%, de acordo com o Plano Nacional de Mudanças Climáticas aprovado pelo presidente Lula.

Para o ministro, a queda no desmatamento reflete, em grande parte, o resultado das ações coordenadas da Comissão Interministerial de Combate ao Crime e Infrações Ambientais (Ciccia), que com ações de comando e controle apreendeu bois piratas, embargou propriedades e intensificou as fiscalizações.

Ele explicou que os satélites do Inpe e o sistema japonês Alos, que consegue ver através das nuvens, permitiram que fiscais atuassem em áreas com desmatamento em fase inicial. Como exemplo, Minc contou o caso do município de Apuí, no Amazonas. No mês de outubro foram registrados 32km² de desmatamento no estado. Com a área desmatada identificada pelos satélites, a equipe da Ciccia pode atuar prontamente. O resultado foi desmatamento zero no mês de novembro.

Para o ministro, agora é o momento de intensificar as ações que levam alternativas sustentáveis à população que vive na Amazônia. Ele citou o Mutirão Arco Verde, que leva piscicultura, manejo florestal comunitário, extrativismo; e o Fundo Amazônia, que financiará projetos sustentáveis. "Com isso a gente quer mostrar que é possível a população viver com dignidade na Amazônia sem destruir o bioma, mantendo a floresta em pé", destacou.

No final da entrevista coletiva, Minc mandou um recado para aqueles que desmatam a floresta. "Tremei poluidores, vai acabar a invisibilidade. Antes os satélites ficavam cegos durante cinco meses no ano por causa das chuvas. Agora, combinando o Inpe com o satélite japonês, vamos ver e combater o crime ambiental durante todo o ano", finalizou. Leia mais aqui.

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