A Polícia Federal, com o auxílio da Receita Federal, deflagrou na manhã de hoje, 09 de dezembro, a operação Kollektor, por meio da qual foi investigado esquema de desvio de dinheiro da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA) mediante a utilização de empresas fantasmas, ou inexistentes, criadas com a finalidade exclusiva de saquear a Instituição, conduta que também implicou fraude ao processo de execução fiscal em trâmite na Vara Federal Cível de Canoas/RS.
A PF cumpriu 23 mandados de busca e apreensão em seis cidades gaúchas, apreendendo hoje documentos, computadores, jóias e dinheiro (R$ 120 mil).
A casa do ex-reitor da instituição, Ruben Eugen Becker, não escapou.
O delegado Ildo Gasparetto o aponta como o líder do esquema:
— O ex-reitor era o líder da quadrilha. Nada era feito sem a ordem dele.
A investigação da PF durou cerca de oito meses e, com ajuda da Receita Federal, identificou empresas fantasmas, ou inexistentes, criadas com a finalidade exclusiva de saquear a instituição. Os valores desviados da Ulbra podem ser superiores a R$ 63 milhões.
Ex-prefeito tucano na parada
O delegado classificou como inexplicável um repasse de R$ 8 milhões à Universidade feito pela prefeitura de Canoas, na gestão de Marcos Antônio Ronchetti (PSDB/RS).
O ex-prefeito tucano protagoniza outros escândalos: o Detran[1], do governo Yeda Crusius, e da suposta roubalheira na merenda escolar com as empresas SP Alimentação e Gourmaitre Cozinha Industrial e Refeições.
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