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domingo, 6 de dezembro de 2009

Os constrangimentos da mídia


Os responsáveis pelo jornal Folha de São Paulo notificaram judicialmente um blogueiro que vinha fazendo campanha na rede mundial de computadores pelo cancelamento de assinaturas do jornal.


Quem vai notificar a Folha por ter emprestado os carros/camionetes/caminhões para o transporte de presos políticos à época da ditadura? Eram transportados para sessões de tortura, para “atropelamentos” (eliminação sumária) ou, na melhor das hipóteses – dentre essas anteriores evidente – de uma prisão para outra.


Ou pela falsa ficha policial da ministra Dilma Roussef, já que engajados na campanha de uma dos mais perigosos políticos da máfia tucana, o governador José Jânio Serra? O ombudsman da Folha , uma espécie de juiz das matérias publicadas pelo jornal numa tentativa aparentemente democrática de corrigir erros, ou informações equivocadas, advertiu a redação que a ficha era falsa e ficou por isso mesmo, punido foi o ombudsman, pois “democracia” ali é de brincadeira, fachada.


 A participação do jornal Folha  na ditadura militar, engajada no processo que levou empresários, banqueiros e latifundiários a buscar apoio nos EUA para o golpe de 1964, foi denunciada em A DITADURA ESCANCARADA, do jornalista Élio Gaspari, que hoje é colunista do jornal.

Assinar a FOLHA para que? Ler mentiras, notícias distorcidas com aparente tentativa de parecer verdade? Aquela mania de infográfico – que ninguém lê, ou tenta entender – para dar a impressão que estar matando a cobra e mostrando o pau?

O jornal Folha de São Paulo  recebeu as gravações das conversas de FHC, quando presidente, com o pessoal do Ministério das Comunicações, Mendonça de Barros e Lara Resende, sobre as privatizações do setor de telefonia principalmente a concorrência onde entrava a extinta Telemar , da família Jereissati entre outros sócios e ficou na moita. Publicou parte do que não comprometia o presidente de então, FHC (está precisando urgentemente de tratamento psiquiátrico, do contrário morre de invejo/neurose, ou começa a andar nu pelas ruas) e disse, na primeira página que o resto das gravações não seria divulgado, pois eram fatos pessoais e isso não interessava.

Que fatos pessoais? A mãe de Paola Pimenta da Veiga, mulher de Pimenta da Veiga, ex-glamour girl do Pampulha iate Clube em Belo Horizonte, fechando com FHC na cama no palácio das Mangabeiras em BH, a vitória da telemar na concorrência (representava a Andrade Gutierrez, uma das sócias da família Jereissati), a doação para o ínclito presidente, além lógico, da nomeação de Pimenta para o Ministério no lugar de Mendonça de Barros, tudo na disputa de poder com Pedro Malan, um assassino frio, sem emoções, que comandava a outra e a mais forte quadrilha do governo de então.

A mídia, a grande mídia, no Brasil é um exercício lastimável de “quem quer um bom dia diga eu”, na figura medíocre e “pastelizada” de Willian Bonner, uma espécie de escravo modelo que representa seu papel com privilégios, vantagens e excelente remuneração. Nada além disso.

E a Folha  é só um jornal que se espremer sai sangue também; O sangue dos torturados, assassinados, estuprados nas prisões da ditadura militar e transportados nos carros da empresa.

Não há porque não cancelar as assinaturas, é um exercício de dignidade pessoal, é respeitar-se a si em primeiro lugar.

Está certo o blogueiro que pede que isso seja feito. E a reação do jornal mostra que esse tipo de denúncia funciona.Mande a Folha para o espaço. Só não é pasquim, porque o conceito da palavra mudou depois do célebre e decisivo O pasquim, instrumento fundamental na ridicularização dos nossos generais durante a ditadura militar.

Por: Laerte   Braga - Que aderiu o movimento cancele a Folha/Uol e cancelou sua assinatura com o UOL

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