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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Arruda vai oferecer cargos políticos para abafar o grito das ruas


Favorecido pela proximidade do recesso do poder em Brasília, mas acuado por uma onda de manifestações que pipocam em vários pontos do Distrito Federal, o governador José Roberto Arruda(DEM) aposta no loteamento de cargos públicos para empurrar a crise com a barriga e tentar salvar o resto de seu mandato. São cerca de 18.500 os cargos comissionados que deverão ser oferecidos – para ocupar ou substituir aliados em debandada – aos parceiros que aceitarem a tarefa de conspirar contra o impeachment na Câmara Legislativa do DF.

Apontado pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal como o chefe do grupo que arrecada propina de empresas com negócios no governo e distribuía a parlamentares da base aliada, o chamado Mensalão do DEM, Arruda deverá negociar com aliados a distribuição dos cargos comissionados. Primeiro, para tentar evitar a abertura do processo de impeachment e, se isso não for possível, tentar a absolvição mais à frente.

Polícia Federal

A Polícia Federal começa hoje a segunda etapa da Operação Caixa de Pandora, com pedido de quebra de sigilo bancário e fiscal dos envolvidos no mensalão do DEM, entre os quais o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (que se desfiliou do partido), o presidente licenciado da Câmara Legislativa, Leonardo Prudente (DEM),  e o  ex-secretário de Obras de Brasília, Márcio Machado, presidente  do PSDB de Brasilia, além de  parlamentares e secretários de governo. Arruda O pedido consta de relatório parcial a ser entregue ao ministro Fernando Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que preside o inquérito.

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