A Comissão de Constituição e Justiça do Senado rejeitou requerimento do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), de convite para que a ministra Dilma Rousseff, e a ex-secretária da Receita Federal, Lina Vieira, dessem explicações sobre o possível encontro da agenda. O requerimento foi rejeitado por nove votos a quatro.
A estratégia governista, maioria na comissão, foi de apresentar e rejeitar o requerimento para que outro requerimento sobre o mesmo assunto – do líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM) – ficasse prejudicado e não fosse apreciado pelos senadores. Virgílio não estava presente na comissão por isso, seu requerimento não chegou a ser votado.
A decisão gerou revolta entre os oposicionistas. O vice-líder do PSDB, Álvaro Dias (PR), chegou a discutir com Romero Jucá e classificou a atitude de “mentira”.
O líder do PT no Senado, Aloízio Mercadante (SP), disse que o convite a Lina e Dilma não é necessário. “Não vejo razão para 'requentar' esse assunto. O Senado tem matérias mais relevantes para debater.”
Lina Vieira já havia comparecido à CCJ para dar explicações quanto ao possível encontro que, segundo ela, teria ocorrido na Casa Civil, mas ela não sabia o dia, a hora, e o mês que teria ocorrido. Lina, disse ainda que o encontro teria sido extraoficial, por isso, não registrado na agenda de trabalho, mas, esta semana, Lina Vieira afirmou à Veja ter encontrado a agenda em que registrou a data e a hora da reunião com sua própria letra.
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