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segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Café com o presidente: Lula fala da malha ferroviária que está sendo construída

Em Aúdio:



Íntegra do texto:

Apresentador: Olá você em todo o Brasil. Eu sou Luciano Seixas e começa agora o Café com o Presidente, o programa de rádio do presidente Lula. Olá, presidente, como vai? Tudo bem?

Presidente: Tudo bem, Luciano.

Apresentador: Presidente, no final da semana passada, o senhor visitou as obras da Ferrovia Norte-Sul, em Goiás. Como é que está o andamento das obras?

Presidente: Luciano, primeiro parece que você voltou mais descansado, depois de umas boas férias.

Apresentador: É verdade.

Presidente: Eu agora estou aguardando a minha. Mas olha, falando da Ferrovia Norte-Sul, Luciano, é importante lembrar o seguinte: essa ferrovia foi lançada, eu era deputado constituinte, o presidente (do Senado) Sarney era presidente da República, e ela foi lançada, acho que, em 1987. Ou seja, de lá até eu tomar posse como presidente da República, foram construídos apenas 215 quilômetros e nós, hoje, já concluímos 560 quilômetros. Ou seja, nós fizemos em sete anos, ou seja, quase que o dobro de tudo aquilo que foi feito em 17 anos. Por que? Porque não foi considerada prioridade, depois que o presidente Sarney deixou a Presidência da República. Mas nós temos nessa ferrovia um projeto muito grande. Veja, nós já concluímos 570 quilômetros, nós estamos fazendo um projeto de Açailândia, no Maranhão, até Belém, que são mais 493 quilômetros, essa fase está em projeto, nós, estamos em constrição em 1003 quilômetros. Estamos aguardando a licença prévia de 609 quilômetros, ligando, na verdade, essa ferrovia, quando ela estiver totalmente pronta, de Belém até Estrela do Oeste, em São Paulo. Ou seja, o que será uma ferrovia de 2.253 quilômetros. Ou seja, eu acho que é a maior ferrovia contínua que eu tenho conhecimento. E, além disso, nós vamos fazer mais coisas em ferrovia. Nós vamos fazer a Ferrovia Leste-Oeste, ou seja, ligando Ilhéus, na Bahia, até a Ferrovia Norte-Sul, no estado de Tocantins; quase 1,5 mil quilômetros de ferrovia. E aí nós vamos fazer um processo de integração extraordinário de ferrovias, dando competitividade aos produtos agrícolas e a outros produtos manufaturados, produzidos na região Centro-Oeste do Brasil. Além disso, nessa Ferrovia Norte-Sul e na Leste-Oeste, nós estamos fazendo a Transnordestina, que é uma ferrovia que liga o Porto de Suape ao Porto de Pecém, passando por Eliseu Martins, no estado do Piauí, para pegar toda a soja produzida naquela região e outros produtos, e depois vai ter novos tramos, que ligam os outros estados do Nordeste, Rio Grande do Norte, Alagoas, Paraíba. Portanto, nós vamos dar ao Brasil, do ponto de vista de ferrovia, aquilo que nós deveríamos ter construído há 20 ou 30 anos atrás, quando nós, praticamente, abandonamos as nossas ferrovias. E isso vai significar um grande, um grande desenvolvimento para o Brasil...

Apresentador: Presidente, a construção da Ferrovia Norte-Sul é uma história antiga, como o senhor já colocou, e (eu) gostaria que o senhor ressaltasse a importância de retomar essas obras, agora nesses últimos anos.

Presidente: Veja, na verdade, nós colocamos a Ferrovia Norte-Sul no PAC, porque nós entendemos que ela é uma ferrovia extremamente importante. Ela é importante porque eu diria que é a ferrovia da integração. Veja, se você vem do estado do Pará até São Paulo, depois você vai até o estado do Maranhão, depois você faz a integração com a Bahia, com a Leste-Oeste, ou seja, você, no fundo, no fundo, está criando uma integração nacional, via ferrovia, que é uma coisa sem precedentes na história do Brasil. E isso é tudo que o Brasil precisa, é tudo que o Brasil já deveria ter feito e nós vamos concluir, porque nós precisamos fazer com que o Brasil possa fluir com muita facilidade, com muita rapidez, aquilo que é a riqueza produzida pelo nosso povo.

Apresentador: Você está ouvindo o Café com o Presidente, o programa de rádio do Presidente Lula. Além da ferrovia, o senhor aproveitou sua ida ao estado de Goiás para participar da assinatura de ordens de serviço, para a construção de casas do Programa Minha Casa, Minha Vida. Desde que foi lançado, o programa já conseguiu fazer a diferença na vida das pessoas, presidente?

Presidente: Olha, o programa vai fazer a diferença ainda. Ele não fez a diferença, porque agora está terminando a fase de cadastramento das pessoas que estão querendo casas. Eu vou dar um exemplo: eu fui à Goiânia inaugurar 5,6 mil casas. Na verdade, entreguei simbolicamente uma casa. Mas o estado de Goiás tem do Minha Casa, Minha Vida 27 mil casas e o governo do estado se comprometeu a fazer mais 23(mil). Então, ao todo, serão 50 mil casas, construídas nesses próximos anos. Eu espero que os empresários estejam preparados, que as prefeituras estejam preparadas, porque nós precisamos trabalhar urgentemente para resolver o déficit habitacional no Brasil. O programa Minha Casa, Minha Vida, ele vai pegar no breu, a partir de agora; ou seja, exatamente, a partir de agora, que há o cadastramento, que as empresas apresentaram o projeto, que a Caixa Econômica está aprovando os projetos, que vai começar a produzir e vai ajudar a construção civil, vai ajudar a geração de emprego para as pessoas que têm uma menor qualificação profissional. E eu acho que o povo brasileiro está precisando disso. Ou seja, há duas esperanças contidas no Minha Casa, Minha Vida: a esperança de ter uma casa e a esperança de ter um emprego, por conta da construção de casa. Se eu estava otimista no auge da crise (internacional), imagina como é que eu estou otimista agora, que estou vendo a crise desaparecer aos poucos e tô vendo um futuro muito importante para o Brasil em 2010.

Apresentador: Muito obrigado presidente Lula, e até a próxima semana.

Presidente: Obrigado a você, Luciano, e até a próxima semana.

Apresentador: O programa Café com o Presidente volta na próxima segunda-feira. Até lá.

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