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domingo, 19 de julho de 2009

MV Bill e Celso Athayde desmentem "barriga" de Mainardi na revista Veja


O estrupício da Veja, Diogo Mainardi, publicou uma "barriga" nesta semana, ao que tudo indica (pode ser lido na íntegra aqui para não assinantes, mas o teor está descrito abaixo).

Ao descobrir o que o livro dos rapeiros MV Bill e Celso Athayde, "Falcão: Mulheres e o Tráfico", tem os direitos autorais pertencentes à R.A. Brandão Produções Artísticas, o apedeuta Mainardi somou 2 + 2 e encontrou ZERO, mas publicou uma dúzia de ilações.

Ele concluiu estupidamente que as empresas seriam "de fachada", que MV Bill e Celso Athayde seriam os verdadeiros donos da empresa, e que a empresa daria "notas frias" para MV Bill tirar grana da Petrobras.

Para piorar, ainda afirma que a empresa tem o mesmo endereço de uma outra, que fica em uma casa, e também presta serviço à Petrobrás, e em alguns casos ambas as empresas emitiram notas no mesmo dia.

Estou escrevendo à queima roupa, antes da resposta das empresas (que não coloco a mão no fogo, porque não conheço, mas tenho certeza que é preciso muito mais do que as ilações de Mainardi para fundamentar uma denúncia); e antes da Petrobras responder.

Ao que tudo indica a empresa não é de fachada (tanto que já promoveu shows de Moraes Moreira e outros artistas).

O fato da empresa funcionar em uma casa é muito comum no meio artístico (onde músicos famosos tem selos, tem estúdios, tem produtoras na própria casa). O fato de duas empresas diferentes ocuparem o mesmo endereço também é comum, principalmente quando se nota que as atividades de uma são complementares, mas diferentes da outra. Uma faz agenciamento de artistas (entre outras coisas), outra foca na produção de eventos.




O apedeuta Mainardi acusa as duas empresas de emitirem notas no mesmo dia. É razoável que, se uma promove um festival, um rodeio ou vaquejada, e outra agencia o artista que se apresenta, cada uma apresente nota do respectivo serviço.

Pude conferir, conforme figuras acima, que as empresas estão regulares e ativas no cadastro CNPJ da Receita Federal, por isso, causa estranheza dizer que emite "notas frias".

Em síntese: a "reporcagem" de Mainardi é um tremendo "mico" e uma tremenda "barriga".

Mainardi fez uma aposta afoita e açodada, ao ler uma planilha e encontrar um somatório alto para o tamanho da empresa, pago às duas empresas em vários contratos pequenos ao longo do ano.

Porém, eu presumo (antes da resposta da Petrobras confirmar ou não) que, se a empresa agencia artistas, boa parte do valor pago é cachê dos artistas.

Celso Athayde desligou o telefone na cara da Veja

Ao querer ouvir a outra parte, Celso Athayde desligou o telefone na cara, quando soube que era a Veja. O próprio Mainardi descreve o fato em sua "reporcagem", em tom orgulhoso de ironia, sem perceber que está se passando por idiota.

O apedeuta Mainardi acreditou que quem desliga o telefone na cara da Veja é "culpado"... não entende que as pessoas fazem isso simplesmente pelo prazer de desligar o telefone na cara da Veja... simplesmente pela péssima reputação da revista.

Se Mainardi quiser encontrar alguma coisa, precisa voltar à estaca zero, e fazer jornalismo de verdade, em vez de especular. Pode até haver maracutaia em alguma destas empresas, mas é preciso fazer muito mais do que as ilações de apedeuta.

Mainardi foi leviano, ridiculamente precipitado e inescrupuloso em fazer essas acusações.

Com a palavra MV Bill e Celso Athayde, na nota de esclarecimento que eles publicaram em seu blog, e divulgamos na íntegra:

Domingo, Julho 19, 2009
NOTA de ESCLARECIMENTO em relação a coluna publicada na VEJA

Com relação à citação do nosso nome pela revista Veja, na coluna "O hip hop da Petrobras" de Diogo Mainardi esclarecemos que a edição de nosso livro "Falcão: Mulheres e o Tráfico" não teve nem tem nenhum envolvimento da Petrobras, o verdadeiro alvo da publicação.

Seguindo normas do mercado, recorremos à uma produtora privada legalmente estabelecida ( a R.A. Brandão Produções Artísticas ) na qual não temos nenhuma participação societária ou financeira, para nos representar junto a uma editora privada legalmente estabelecida ( a Objetiva ), num processo que não envolveu dinheiro público.

Como se sabe, empresas especializadas representam os artistas nas atividades ligadas a direitos autorais, arrecadação e encargos.

Assim como não nos cabe acompanhar o relacionamento dos nossos fornecedores com terceiros, não faz o menor sentido estabelecer qualquer conexão entre essas partes.

Toda a documentação contratual, inclusive declaração de imposto de renda fruto desse contrato, está à disposição de eventuais interessados.

MV Bill e Celso Athayde

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Em tempo:

MV Bill e Celso Atayde são rapeiros (autores e cantores de rap), autores dos livros "Falcão: Meninos do tráfico" e "Falcão, Mulheres e o Tráfico", e líderes da CUFA (Central Única das Favelas), entidade que faz um trabalho exemplar nas periferias das grandes metrópoles brasileiras.

A CUFA já existe nas principais cidades do Brasil, formando uma rede nacional. A CUFA organiza atividades esportivas, inclusive valorizando esportes à margem, como basquete de rua, culturais como produção e mostra de cine e vídeo, fotos, festivais e shows de música, além do forte engajamento em programas sociais de educação, inclusão digital, inserção qualificada no mercado de trabalho, redução da violência, saúde da mulher e dos jovens, moradia, além de organizar as comunidades em torno da questões da cidadania. A entidade tem sido parceira em programas como o Pro-Jóvem, PRONASCI, Pro-Uni do governo federal.

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