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terça-feira, 21 de julho de 2009

Lula quer expandir Banco do Brasil aqui e no exterior

Em encontro com dirigentes e funcionários do Banco do Brasil (BB), em Brasília, o presidente Lula disse que a orientação é para a instituição continuar comprando o máximo de carteiras de bancos menores para se tornar a maior instituição bancária do país, segundo informa a Agência Brasil.

O Banco do Brasil já incorporou os bancos dos estados do Piauí e de Santa Catarina (Besc), e negocia a compra do Banco de Brasília (BRB).

"Se tiver outras coisas no mercado, que apareçam, porque estamos dispostos a transformar o Banco do Brasil não apenas no maior banco, mas no muito maior banco deste país", disse Lula.

O Presidente cobrou expansão do BB na América Latina, África e China, país com o qual o Brasil mantém fluxo comercial de US$ 40 bilhões.

Atualmente, o BB tem apenas um escritório em território chinês. A expectativa é instalar uma agência em 2010.

O presidente sugeriu ainda que o Banco do Brasil se associe à Caixa Econômica Federal para a oferta de financiamento habitacional: "A Caixa não dá conta da dimensão do que vai acontecer aqui nos próximos anos. Vamos ser sócios", afirmou o presidente.

Crítica à privatizações como do BANESPA

Ao defender a atuação de bancos públicos contra a crise financeira mundial, o presidente Lula criticou hoje (20) a privatização, no passado, de bancos públicos “a troco de nada”.

Citou como exemplo a venda do Banco do Estado de São Paulo (Banespa) vendido para grupo espanhol Santander, em 2000, durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

"Na verdade, jogou-se em cima dos bancos a irresponsabilidade dos governantes que gerenciavam esses bancos, porque, muitas vezes, utilizavam esse banco para fazer, quem sabe, os caixas dois da vida em época campanha eleitoral. Por conta disso, os bancos públicos estavam quebrados", disse o presidente.

Depois, brincou ter pena de Barack Obama, presidente dos Estados Unidos: "Fico com pena que o Obama não tem um banco como temos aqui o Banco do Brasil", referindo-se à capacidade do banco de intervir no mercado, nesse momento de crise.

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