Pages

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Até Agripino está esperando Lula voltar de viagem


O Presidente Lula entrou em cena para salvar o aliado, fundamental à governabilidade no Senado e à aliança estratégica para a eleição de 2010, em que o PMDB é parceiro prioritário.

O PT, a favor do afastamento de Sarney, acabou enquadrado e passou a defender uma reforma estrutural da instituição com José Sarney (PMDB-AP) no cargo. Como o partido não optou pelo apoio incondicional, a decisão pode lhe dar sobrevida.

A união de DEM e PSDB transformou a crise em disputa política. Da Líbia, Lula disse que a oposição de querer ganhar o comando do Senado no "tapetão". O DEM e PSDB querem que o Sarney se afaste para o Marconi Perillo (senador pelo PSDB-GO e primeiro vice-presidente da Casa) assumir, o que não é nenhuma vantagem para ninguém", disse "A única vantagem é para o Marconi Perillo e para o PSDB, que querem ganhar o Senado no tapetão. Assim não é possível. Isso não faz parte do jogo democrático."

A decisão do PT de não retirar apoio formal a Sarney foi tomada em uma reunião da bancada de senadores, mas contou com a interferência pouco usual do presidente do partido, deputado Ricardo Berzoini (SP). Ele foi a voz do governo em nome da preservação da aliança com a cúpula do PMDB.

A ministra Dilma Rousseff também atuou a favor de Sarney. Diante da evidente desidratação de apoio político na véspera, ela pediu-lhe pessoalmente que não tomasse decisão alguma antes de conversar com Lula, de volta do exterior nesta noite.

O líder do PMDB, senador Renan Calheiros (AL), passou as últimas horas articulando. Ele fez chegar aos ouvidos de alguns senadores que era necessário tomar providências para acabar com a crise, mas sem sacrificar o atual presidente. Ele chegou a confidenciar que José Sarney prefere a renúncia a ter de se licenciar do cargo.

Segundo o relato de um aliado que esteve com ele pela manhã, José Sarney estava menos abatido que na noite passada. Depois da reclusão na véspera, ele compareceu nesta tarde ao plenário para presidir uma sessão solene. Só não permitiu que os colegas fizessem discursos sobre sua situação.

"A história só vai se definir depois da conversa com Lula", ponderou o senador José Agripino (RN), líder do DEM. Se não houver denúncias novas que inviabilizem sua permanência, o tempo trabalha a favor do senador. O recesso parlamentar começa em duas semanas.

0 Comentários:

Postar um comentário


Meus queridos e minhas queridas leitoras

Não publicamos comentários anônimos

Obrigada pela colaboração