O pânico da imprensa corporativa contra o blog da Petrobras, é porque ela sentiu-se finalmente ferida de morte, naquilo que ela se propõe a vender ao leitor/telespectador e não entrega: CREDIBILIDADE.
A reação de protestos, desproporcional, contra o blog ficou pior do que se admitissem que a empresa tem todo direito de responder se defendendo (e lê o blog da Petrobras quem quer, ninguém é obrigado), e que as informações de interesse público da Petrobras pertencem ao público e não aos jornais.
Como pode um jornal alegar que meia dúzia de perguntas oficiais à empresa, publicadas pela empresa, podem atrapalhar uma notícia?
Ora, se a notícia é essa meia dúzia de perguntas que pode aparecer numa nota oficial da empresa, o jornal não tem notícia nenhuma na mão, muito menos denúncia.
Jornalismo investigativo de verdade, que faz denúncias, não pega respostas oficiais e enxerta ilações no meio para criar uma aura de denúncia (que não existe).
Jornalismo investigativo de verdade, arranca informações VERDADEIRAS que os outros querem esconder.
Quando se lia uma reportagem denunciosa, a impressão que tínhamos, era de que havia uma "fonte" sigilosa dentro da empresa ou órgão que estivesse vazando informações EM OFF.
Que os jornais teriam conseguido um "furo", com algum informante, que estivesse denunciando.
Agora vemos, que muitas denúncias, foram verdadeiras FRAUDES.
Um jornalista compila meia-dúzia de informações PÚBLICAS sobre a empresa, NÃO CONTA ao leitor TUDO O QUE ELE SABE, distorce os números e interpretação ao bel prazer da denúncia que quer produzir.
Vergonhosamente, editam um material informativo sem nenhum valor jornalístico, e dão o enfoque que querem na "reporcagem", enganando o leitor como se tivessem algum informante secreto denunciando. Uma FRAUDE noticiosa.
A vida da imprensa vai ficar mais dura, daqui para a frente.
Vão precisar de mais PROFISSIONALISMO, rigor, suar a camisa em busca de NOTÍCIAS, em vez de virarem escritores de ficção da pauta oposicionista (que nem sempre representam o interesse público).
Por mais reacionário que seja um leitor/telespectador, se tiver um mínimo de inteligência crítica, estão se sentindo lesados com esse tipo de FRAUDE.
Daqui pra frente, fica difícil acreditar em um texto que começa com "segundo fontes do planalto" ... Que fontes são essas? Não precisa dar nomes, mas e quanto quem repassou as informações "segundo fontes do planalto" foi um senador da oposição plantando notícias, e o jornalista, desonestamente, não conta isso ao leitor?
Que sentido tem uma revista ou jornal receber de um senador da oposição um "dossiê" em off, e não dizer a natureza da origem do vazamento?
Já é temerária uma imprensa que aceita denúncia de Senador em off, uma vez que parlamentares são cargos com prerrogativas e imunidades para denunciarem o que quiserem. Mas, no mínimo, seria obrigatório dizer ao leitor, em nome da honestidade de informar, que partiu de um parlamentar da oposição.
Negar essa informação ao leitor não é jornalismo, é conspiração. É fazer do jornal/TV um extensão da atividade político-partidária da oposição.
É transformar a imprensa em PIG: Partido da Imprensa Golpista.
É isso que está provocando verdadeiro pânico nos donos da mídia: é desnudar a FRAUDE.
Quebra de CREDIBILIDADE nos meios conservadores (onde ainda havia quem acreditava), diminuição de influência na "formação de opinião" (que já vinha sendo visivelmente descrescente), e, consequentemente, perda de poder, e das benesses econômicas do poder.
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