Pages

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Os congressistas não devem legislar de acordo com a opinião pública, diz Gilmar


Sem citar Joaquim Barbosa, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, fez uma referência à recente discussão entre os dois, dizendo que as decisões não podem ser tomadas por consequência do "apelo das ruas".
"É natural (...) que alguns imaginem que fazer justiça é ouvir as ruas, que fazer justiça é atender a determinados segmentos. Mas os senhores não podem ser julgados e transformados em criminosos, condenados, porque um juiz acha que está atendendo aos apelos da rua", disse Mendes, durante audiência pública no Senado.

Em meados de abril, Joaquim Barbosa e Gilmar Mendes protagonizaram uma discussão entre dois ministros durante um julgamento da corte. Barbosa disse ao Gilmar que ele estava "destruindo a credibilidade do Judiciário brasileiro" e que Gilmar Mendes deveria "sair à rua".

Ontem, Gilmar Mendes disse que nem mesmo os congressistas devem legislar de acordo com a opinião pública, mas baseados nos princípios da democracia.

"Dependendo da história que se conta, a opinião pública aplaude até linchamento. Julgamento se faz é com contraditório. Não se faz em bar."

Ao deixar o evento, Gilmar foi alvo de um protesto. Integrantes do Movimento Saia às Ruas, que faz críticas ao presidente do Supremo, gritou "Fora Gilmar" pelo corredor das comissões do Senado. Apesar da situação constrangedora, o ministro esboçou um sorriso e continuou andando, depois disse não se incomodar. Momentos antes, o senador Agripino Maia alertara Gilmar sobre a presença dos manifestantes.

0 Comentários:

Postar um comentário


Meus queridos e minhas queridas leitoras

Não publicamos comentários anônimos

Obrigada pela colaboração