Ex-senador Jorge Bornhausen cedeu cota parlamentar para a mulher, Dulce, à esquerda, e para o genro, Renato Sá, à direita
O mandato do ex-senador demo-pefelista Jorge Bornhausen terminou em 2006, mas ele continuou voando às custas do Senado em 2007 e 2008.
Sem qualquer mandato, sem qualquer cargo no congresso, o ex-senador teve 13 voos bancados pelo senado entre novembro de 2007 e outubro de 2008.
O dinheiro não serviu apenas para desfrute do ex-senador. A mulher, o genro e um funcionário do casal, também voaram às custas do contibuinte.
Segundo o "Congresso em foco", Bornhausen voou 7 vezes com a verba do Senado após concluir o mandato, nos trechos entre Florianópolis e São Paulo, Florianópolis e Brasília, e Florianópolis e Chapecó (SC).
Dulce Bornhausen, mulher do ex-senador, voou 3 vezes, nos trechos Brasília a Florianópolis, e de São Paulo a Recife. Os últimos bilhetes saíram da cota do Senado no dia 7 de maio de 2008.
O ex-jogador de futebol Renato Sá, genro do ex-senador, também usou a cota de Bornhausen. Casado com Fernanda Bornhausen, o ex-ponta-esquerda, campeão brasileiro pelo Grêmio em 1981, viajou de Florianópolis para Chapecó, oeste de Santa Catarina, com bilhete expedido em 19 de setembro de 2008. Na mesma data uma passagem foi emitida com a mesma origem e mesmo destino para o ex-senador.
O terceiro passageiro que voou às custas do contribuinte foi Wagner Brasil, funcionário do casal Dulce e Jorge Bornhausen. Dois bilhetes foram emitidos em nome de Wagner, ambos no dia 10 de outubro de 2008, ns trechos entre Florianópolis, Rio de Janeiro e São Paulo.
Procurado pela reportagem, o ex-senador Jorge Bornhausen confirmou e alegou ter “direito adquirido” para usar o crédito acumulado nas companhias aéreas como bem entender.
Paulo Bornhausen (DEM-SC), filho do ex-senador, também jogou na conta da Câmara dos Deputados bilhetes aéreos para seus dois filhos, Bruno e Rodrigo, de NovaYork para São Paulo.
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